quarta-feira, 27 de abril de 2011

O imponente "The Claw"


Talvez mais comentado que os quatro integrantes da banda, "The Claw", o imponente palco da tour 360 graus do U2 é uma obra grandiosa no mundo dos concertos musicais. Com um enorme apelo visual tendo sua estrutura baseada no Theme Building, um marco estrutural localizado no Aeroporto Internacional de Los Angeles que abriga um restaurante, e formato baseado na arquitetura do catalão Gaudi, "a garra", com sua montagem mais ao centro do campo aumenta a capacidade de público em até 20%.

Foram construídas três estruturas. E cada uma teve o custo aproximado de 20 milhões de dólares e requer 120 caminhões para o transporte. E para sustentar essa megalomania a equipe da turnê conta com 196 integrantes fixos de 15 diferentes países e contrata mais 200 trabalhadores locais totalizando um custo de produção aproximado de 750 mil dólares e leva três dias e meio para desmontagem.


Informações técnicas:

Direção de show: Willie Williams
Arquiteto responsável: Mark Fisher
Membrana estrutural - Neil Thomas, Atelier One
Projeto de Engenharia: Hoberman Associates - Ziggy Drozdowski
Fabricação e construção da estrutura de aço: Stageco
Peso total da estrutura de aço: 220 toneladas
Início do projeto: setembro de 2008
Conclusão: Junho de 2009

U2 - 360° Tour no Morumbi (13/04)


Os irlandeses do U2 estiveram este mês em solo brasileiro. Trazendo nada mais nada menos que a atual turnê "U2 360°", que teve início em 2009 e tem bilheteria de mais de 558 milhões de dólares, com cerca de 7 milhões de bilhetes vendidos, e o maior palco já montado para um concerto de todos os tempos, com uma estrutura de aço com 50 metros de altura e cerca de 220 tonelada.

A experiência de estar presente no estádio Morumbi no último dia (13/04) em São Paulo em frente ao "The Claw", como foi apelidado o palco devido a aparência de garras das suas robustas bases, é algo indescritível.

Do show, sob ponto de vista musical, é indiscutível que, com um repertório recheado de sucessos acumulados em seus 35 anos de existência, faz a multidão de cerca de 85 mil pessoas integrarem o coro de vozes.

Com uma entrada triunfal digna de filme em que astronautas vão em direção a nave espacial para uma viagem intergaláctica, Bono, Edge, Adam e Larry sobem ao palco ao som de "Space Oddity" de David Bowie dando partida a uma super viagem, não intergaláctica, mas de muito bom gosto musical e um surpreendente show visual com direito a um telão de LED, com cerca de 1160 metros quadrados e um peso de pouco mais de 54 toneladas, em 360 graus que em determinado ponto do show se desintegra verticalmente em um formato cônico até muito próximo ao palco, que em formato cilíndrico, faz com que corra sob trilhos duas pontes utilizadas pelos músicos para chegarem em um anel, ficando mais perto do público por todos os lados.

Não apenas a estrutura física é algo grandioso, mas a iluminação e sua utilização de forma inteligente torna o show impactante, com direito a troca de cores e texturas da estrutura externa do palco; torre central com luzes similares as de farol de porto; uma gigantesca bola de espelhos no ponto mais alto do palco projetando luz por todo o espaço do estádio; e um curioso microfone em formato de volante de carro com luz vermelha em que Bono utiliza para ficar suspenso em alguns momentos. Sem contar a participação do público com seus celulares e câmeras digitais dando luz em meio à escuridão da multidão.

O show de aproximadamente 2 horas teve muita intensidade musical e emocional por parte dos fãs, que só foi quebrada em um momento curioso com a participação do brasileiro Seu Jorge, que ao toca a música The Model dos alemães do Kraftwerk deixou a maioria do público sem entender o que estava acontecendo, além de péssima performance por parte de Bono e seu convidado, em um dueto de qualidade bem duvidosa. Mas tudo bem, é U2, de certa forma eles podem ter esses momentos de excentricidade, que logo deixada de lado com "Beautiful Day". Eles encerraram o show com dois bis e se despediram do público, deixando tocar nas caixas Elton John, com "Rocket Man".

Set List do show do dia 13 de abril no Morumbi:

Even Better Than The Real Thing
I Will Follow
Get On Your Boots
Magnificent
Mysterious Ways
Elevation
Until The End Of The World
I Still Haven’t Found What I’m Looking For
Pride (In The Name Of Love)
The Model, com Seu Jorge
Beautiful Day
Miss Sarajevo
Zooropa
City Of Blinding Lights
Vertigo [incluiu citação de "It´s Only Rock´n´Roll (But I Like It)" ]
I’ll Go Crazy If I Don’t Go Crazy Tonight (Remix) [incluiu citação de "Relax", do Frankie Goes to Hollywood]
Sunday Bloody Sunday
Scarlet
Walk On

Bis:
One
Where The Streets Have No Name

Bis 2:
Hold Me, Thrill Me, Kiss Me, Kill Me
With Or Without You
Moment Of Surrender

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Iron Maiden em Curitiba - Pra lavar a alma



Fui ver o Iron Maiden em Curitiba. Não, eu não vi o show de POA, estava viajando pela empresa. E fiquei muito chateado de não ter conseguido ver Bruce e cia tocando os clássicos da carreia. Quanto o Véio Fábio me convidou para ir a Curitiba ver o show da nova turnê (Final Frontier Tour) topei na hora!

A trip (gíria bastante utilizada entre os Véios) se inicia em POA. Correria para chegar no aeroporto em tempo. Chegamos em cima do laço para o Check In, mas, no terminal errado! Correria para pegar um taxi e "voar" para o outro terminal! Deu tudo certo. Embarcamos. O céu de POA estava lindo, tudo de bom, pensei. Afinal, POA sempre fecha de manhã por causa da neblina. Mas Curitiba estava fechado, uma hora de atraso :-(.

Chegamos às 10 da manhã em Curitiba. E que cidade massa! Muito limpa e organizada. Ficamos no apartamento do primo do véio Fábio (Valeu a mão!). Visitamos alguns sebos no centro, compramos alguns discos. No fim da tarde começamos a nos arrumar para ir ao show. Eu não tinha nenhuma camiseta do Iron (sim, uma falha no meu guarda roupas), por isso resolvi fazer a minha própria! Peguei uma camiseta que tinha levado para dormir e escrevi de caneta "Iron Maiden" na frente. E sim, todo mundo ficava olhando, afinal eu era o UNICO maluco de amarelo e com uma arte exclusiva na camiseta.

O local do show era muito massa. Era como se fosse a Fiergs em POA. Eles não caíram na besteira de colocar o show em lugar fechado como em POA. Foi a céu aberto, deve ter dado umas 25 mil pessoas. Com exceção da fila enorme, o resto da organização era muito boa. A estrutura do lugar era bem legal (ao contrário do show do Ozzy no Gigantinho). Garantidamente se o Iron fizesse o show na Fiergs em POA ia lotar, mas isso é outra discussão.

Abriram o show com músicas do novo disco. Não conhecia o novo disco ainda e achei as musicas bem legais. Da metade em diante vieram os clássicos. Aí sim, o Véio Jean sabia cantar TODAS. Segue o repertório para avaliação dos solistas desafinados.

"Satellite 15... The Final Frontier"
"El Dorado"
"2 Minutes to Midnight"
"The Talisman"
"Coming Home"
"Dance of Death"
"The Trooper"
"The Wickerman"
"Blood Brothers"
"When the Wild Wind Blows"
"The Evil That Men Do"
"Fear of the Dark"
"Iron Maiden"

Bis:
"The Number of the Beast"
"Hallowed Be Thy Name"
"Running Free"

Eu, chato como sempre, fiquei chateado que no inicio do show o som tava bem ruim. Levaram umas 3 ou 4 músicas para acertar. Deu para ver o Bruce reclamar varias vezes (o microfone dele dava várias microfonias) para o pessoal da mesa e o Steve Harris parecia bem nervoso. Passado isso, som bem melhor, o Bruce anunciou que em um lado do palco estavam sem retorno "- We destroyed them".

O vigor da banda no palco impressiona. Sempre correndo de um lado para outro e agitando a galera. E o Bruce parece um guri. Certamente eu não teria o fôlego que ele tem para correr todo o show. Eu só acho exagerado o Gers, por sinal acho ele totalmente desnecessário na banda. Além de eu achar ele um péssimo guitarrista, acho ridículo aquela macaca loira no canto do palco, mas há quem goste, enfim...

E eu vi o Adrian Smith ao vivo! Esse sim baita guita! Impecável na execução, mostrando tudo que sabe. Os solos dele são disparado os melhores, além dos riffs que são matadores (em 2 minutes to midnight confesso que quase correu uma lágrima). Como já falei várias vezes para meus amigos, para mim a melhor formação do Iron é essa de hoje SEM o Gers.

Sim, o Eddie subiu no palco. O Eddie desta turnê é meio futurista. Um destruidor de planetas dando um ar de Predador. Sei lá, ainda não me acostumei com ele. Mas o fato é que a qualidade dos Eddies que entram no palco vem melhorando, ainda mais comparado com os que eu conhecia dos videos antigos.

Baita show, de lavar a alma de quem não viu o show de POA. Com direito a The Trooper com o Bruce carregando bandeira (por sinal esse palco com as bandeiras no fundo é genial), gritos de "Scream for me Curitiba!" e correrias no palco características da banda.



Da esquerda para direita: Véio Jean, Véio Carlos, Véio Henrique e Véio Fábio

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Ozzy em POA - Tá velho mas tá bom




Fui no show do Ozzy em POA. E me surpreendi positivamente. E muito! Comprei o ingresso com aquele sentimento de "tá velho, mas vou pelo folclore". Mas o show foi animal! No dia do show eu nem estava com tanta pressa de entrar no Gigantinho (como normalmente fico em dia de show). Bem tranquilo, tomando uma ceva e tal, trovando com os parceiros, olhando o movimento...

Faltando 20 minutos me dirigi ao portão, quando eu me deparei com uma fila enorme para entrar no Gigantinho (não sei por que ainda fico bravo com isso, show no Gigantinho é sempre uma zona). Quando chegou na hora da revista entendi o porque da lentidão. Tirei tudo dos bolsos, mostrei para o cara, e o magrão enfiou a mão no meu bolso (Sim, sem perguntar) e tirou do meu bolso uma cartela de remédios e me fez uma cara de "a há! te peguei!". Olhei para aquela cartela de Benegrip e disse "pode ficar, só me deixa passar!". Estavam tirando até os isqueiros da galera! Que troço sem noção! E lá dentro vendendo ceva em latas! Vai entender...

Entrei e o show já estava no final da primeira música. Me postei na arquibancada em um lugar confortável para assistir. Quando me surpreendi com um velho louco colocando fogo no Gigantinho! O carisma do cara é algo! Não deixava a galera quieta um minuto sequer! Até pular ele pulou, uns 10cm do chão! Impressionante!

Quando ele caminhava, parecia uma véia de pantufa, parecia acabado. Mas definitivamente ele é maluco! O que me deixou com a pulga atrás da orelha foi o seguinte: Será que ele realmente tá acabado ou ele fica se fazendo? Não sei, sinceramente não sei.

Em certas partes do show ele ficava jogando espuma na galera! Sim, ele tinha uma espécie de arma de espumas, como se fosse um extintor. Ele jogava aquilo nele mesmo e
depois na galera. Ficava todo mundo branco. E assim ele fazia o seu momento Trapalhões.

Depois ele atravessava o palco e molhava a cabeça em um balde com água, várias vezes. Na sequência ele pegava esse resto de água e jogava na galera. O Montanha, amigo meu que ficou lá na grade disse que a água era MUITO gelada. Ou seja, o véio tava curtindo um choque térmico no palco.

O massa era ele zoando com os seguranças. Jogava espuma e molhava os caras. No final do show os caras ficavam fugindo do Ozzy que nem uns malucos.

A banda do cara era muito boa. Mas muito boa mesmo! Tudo na cabeça e redondinho. E claro, como de praxe a acustica do Gigantinho não é lá essas coisas, mas deu apra ouvir bem o show. Acho até que a acustica ajudou um pouco. Dizem que o Ozzy anda usando auto-tunning e tal. Sinceramente, de onde eu vi o Show não percebi, e achei a voz dele bem legal para o véio caquético que ele prega ser.

O repertório foi bem variado, tocou várias do disco Paranoid do Black Sabbath e os clássicos da carreira dele. Na minha opinião faltou apenas No More Tears e Perry Mason. Mas um pessoal me falou que ele toca No More Tears em apenas um show da turnê inteira. Não pesquisei para ver se é verdade.

Abaixo segue o repertório:

1. Bark At The Moon
2. Let Me Hear You Scream
3. Mr. Crowley
4. I Don’t Know
5. Fairies Wear Boots
6. Suicide Solution
7. Road To Nowhere
8. War Pigs
9. Shot in the Dark
10. Rat Salad
11. Iron Man
12. I Don’t Want To Change The World
13. Crazy Train
14. Mama, I’m Coming Home
15. Paranoid

E o fato da bandeiras, isso foi engraçado. Não vi o Ozzy com a bandeira do Grêmio, só fiquei sabendo depois (como disse, cheguei atrasado). Mas vi ele com a do Rio Grande do Sul. Na hora achei muito legal e tal, achei que tinha sido indicação da produção pelo fato do pessoal daqui ser bairrista, até porque não apareceu nenhuma bandeira do Brasil no palco. Mas quando soube da bandeira do Grêmio entendi tudo! Avisaram ele da rivalidade, ele pegou a bandeira do Grêmio (que jogaram no palco) e depois pegou a do RS pensando que era a do Inter (só pode!). Depois jogaram uma bandeira do Inter no palco, mas ele nem deu bola, afinal já tinha mostrado uma bandeira de cada time. Mas a corneta ainda assim é válida ;-)

Ozzy é imortal!