terça-feira, 27 de outubro de 2009

Mesa-redonda bola-quadrada: Inter x Grêmio

Rodada de Grenal, e mais uma vitória colorada no clássico: a quarta do ano.
  • Inter 1x0 Grêmio
Muito já se falou sobre o jogo, então não vou repetir o que a imprensa já cobriu. Com um gol de D'Alessandro, o Inter se posicionou como franco candidato ao título e o Grêmio disse adeus às ambições de jogar a Libertadores em 2010. Com mais um tropeço do Palmeiras na rodada, está tudo embolado na tabela.

Enquanto isso, na Série D, tivemos o primeiro jogo da final:
  • Macaé 3x2 São Raimundo
O Macaé venceu a primeira partida da final, disputada no estádio Raulino de Oliveira em Volta Redonda (RJ). Segundo o torcedor Chico Pereira, o estádio do Macaé está em reformas, então os jogos mandados pelo clube fluminense vêm sendo disputados em estádios alugados, como foi o caso do Maracanã na semifinal. E dê-lhe Petrobrás pra alimentar o PIB dessa cidade! A decisão será dia 1 de novembro, no Colosso do Tapajós, em Santarém (PA).

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Top Seven: Ficções Futuristas fora de Hollywood


O filme Distrito 9 é um dos sucessos inesperados de 2009. Feito com uma quantia irrisória para uma ficção-científica futurista (30 milhões de dólares, quase que exclusivamente usados nos seus efeitos visuais), o filme chamou a atenção dos fãs do gênero no mundo inteiro, por escapar do padrão de sci-fi produzida normalmente por Hollywood (pelo menos na primeira metade; depois, vira um filme de ação típico), a começar pela ambientação da trama, que se passa em 2010: um gueto em Joanesburgo, na África do Sul, que abriga alienígenas que são distanciados do convívio com os humanos.

Apesar do aspecto de produção estrangeira, porém, Distrito 9 é uma coprodução EUA e Nova Zelândia. De qualquer maneira, o lançamento da obra aqui no Brasil me lembrou que estas visões de futuros sombrios -- um subgênero de sci-fi que atende pela denominação de "ficção futurista" -- são encontradas com certa facilidade em outras cinematografias que não a hollywoodiana. Sempre obedecem, aliás, ao conceito de distopia: o futuro é sempre corrompido, totalitário ou desesperançoso. Cada sociedade vê este contrário da utopia conforme os seus próprios princípios culturais, o que é uma excelente forma de entendermos o imaginário destes países. Então, com vocês, o Top Seven de filmes de ficção futurista feita longe de Hollywood:

7. Mad Max (idem, Austrália, 1979, direção de George Miller): quando pensamos em "futuro pós-apocalíptico", imaginamos a desolação do deserto australiano de Mad Max. Não que fosse particularmente uma revolução -- road movies futuristas pulularam em toda a década de 70. Mas foi esta fita que conseguiu fugir do ar de filme B (ainda que a sua produção tenha sido precária -- até o carro do diretor foi usado nas perseguições), dando profundidade ao drama dos personagens. A sequência de 1981 é considerada melhor -- e, a terceira parte, a mais engraçada.

6. Planeta Selvagem (La Planète Sauvage, Tchecoslováquia e França, 1973, direção de René Laloux): esta animação lisérgica cult fala de uma raça de aliens gigantes, os Draags, que levam seres humanos (aqui chamados de Oms) para servir de animais de estimação em seu planeta. Com um visual absurdamente delirante (daria boas ideias para clipes do Pink Floyd), a produção começou na Tchecoslováquia, mas a equipe teve que levar o trabalho para a França, por conta de pressões políticas -- o filme, afinal, seria uma alegoria à Primavera de Praga, ocorrida pouco tempo antes.

5. Stalker (idem, URSS e Alemanha Ocidental, 1979, direção de Andrei Tarkovsky): Tarkovsky é mais conhecido por Solaris (que poderia estar nesta lista), mas Stalker é tão instigante quanto. Um evento catastrófico de origem desconhecida cria uma região onde as leis da física não fazem sentido, conhecido como Zona, no centro da qual fica o Quarto, lugar onde as esperanças secretas se tornam realidade. A Zona é cercada por militares, e os únicos que conseguem entrar são os Stalkers, pessoas com poderes mentais que servem de guias para aqueles que querem chegar ao Quarto. O que parece uma trama de aventura vira um filme contemplativo nas mãos do diretor, que investe na poesia das imagens.

4. Akira (idem, Japão, 1988, direção de Katsuhiro Otomo): na minha opinião, este anime é uma das melhores sci-fi já realizadas. O enredo se desenrola em Neo Tóquio, megalópole erguida sobre os escombros de uma guerra nuclear, misturando motoqueiros vândalos, terroristas messiânicos e um programa militar que usa crianças com poderes sobrenaturais como arma. A paranoia atômica do Japão é o tema de fundo, e a violência brutal, apesar (e talvez por isso mesmo) de se tratar de uma animação, chocou plateias no mundo inteiro. Foi o filme que, de fato, mostrou que a animação japonesa também era coisa para adultos, gerando inúmeros animes de ficção-científica nos anos seguintes.

3. Daqui a Cem Anos (Things to Come, Inglaterra, 1936, direção de William Cameron Menzies): se tem um país com tradição em criar futuros distópicos, esse é a Inglaterra, muito por conta deste filme. Baseado num livro de H.G. Wells -- que, vejam só, também escreveu o roteiro --, Daqui a Cem Anos traça a história da humanidade durante um século após uma hipotética Segunda Guerra Mundial (que não tinha acontecido ainda). A experiência daria fôlego para o cinema inglês produzir mais tarde filmes como Laranja Mecânica, 1984, Brazil - O Filme e, mais recentemente, Filhos da Esperança.

2. Metrópolis (idem, Alemanha, 1927, direção de Fritz Lang): sem dicussão, Metrópolis é um dos mais influentes filmes da História. De Blade Runner a Os Jetsons, de HQs a bandas de rock, é quase impossível mesurar o tamanho do impacto que o filme tem até hoje. Seja pelo brilhantismo técnico dos seus efeitos especiais artesanais, seja pelo gigantismo da sua direção de arte, ou ainda pelo roteiro que criticava tanto o capitalismo como o comunismo, esta obra-prima é quase uma lenda. Tal status é incrível, se levarmos em conta que o filme não é visto pelo público na sua versão original há mais de 80 anos, passando por inúmeros cortes e tentativas de remodernização de sua música. Diz-se, aliás, que era o filme favorito de Hitler (o que me parece lenda urbana). Ver Metrópolis é essencial para a compreensão da cultura pós-moderna.

1. Abrigo Nuclear (Brasil, 1981, direção de Roberto Pires): Se fazer uma ficção futurista fora dos EUA é difícil, o que dirá se ela for feita no terceiro mundo? Sim, amigos, o Brasil também já produziu sci-fi! O diretor Roberto Pires era um sujeito engajado em criticar o uso de energia nuclear (depois deste filme, faria ainda Césio 137 - O Pesadelo de Goiânia, baseado no agora esquecido caso de contaminação ocorrido em Goiás nos anos 80). Este Abrigo Nuclear (se alguém achar o filme, me avise) mostra a humanidade abandonando a superfície, tomada pela radiação, para viver em subterrâneos (Matrix copiou!). O filme é tão obscuro que mal se encontra imagens ou informações dele na Internet.

Mesa Redonda Bola Quadrada: Fluminense x Inter, Grêmio x Coritiba

Com alguns dias de atraso, está aí o MRBQ da 30ª rodada do Campeonato Brasileiro!
O Inter foi ao Maracanã enfrentar o lanterna Fluminense. O Grêmio recebeu em Porto Alegre o centenário Coritiba.
  • Fluminense 2x2 Inter
  • Grêmio 2x0 Coritiba
O Inter enfrentou o Fluminense, esperando um bom resultado, já que o tricolor carioca está segurando a lanterna há algumas rodadas. Alecsandro abriu o placar ainda no primeiro tempo. Mas antes do intervalo, Gum empatou a partida para o Flu. Na volta para a segunda etapa, o colorado esteve melhor e novamente através de Alecsandro retomou a frente do placar. Mas não pôde voltar para Porto Alegre com 3 pontos na bagagem. Gum empatou novamente a partida aos 41min.

O Grêmio, que só venceu uma fora, para alívio da torcida jogou no Olímpico este domingo. Mas o Coxa começou melhor, pressionando o Grêmio. O jogo se equilibrou no meio da etapa inicial. E a partir daí o mandante começou a jogar melhor. Aos 45min Perea fez uma linda jogada pela esquerda e quase sem ângulo tocou para dentro das redes alviverdes. No início do segundo tempo Renatinho foi expulso, deixando o jogo mais fácil para o Grêmio, que ainda ampliou aos 37min com um gol de Souza.

As equipes que estava na frente não se deram bem na rodada. Atletico-MG e Flamengo venceram São Paulo e Palmeiras e embolaram tudo. E hoje o líder Palmeiras foi para Santo André tentar ampliar a vantagem e espantar a crise. Mas jogou mal e sofreu a terceira derrota seguida. E a disputa pelo título está aberta novamente. Logo atrás está o Altético-MG, São Paulo e Inter. O Flamengo está pagando os salários em dia e o time está em ascensão.


Série D

E esse fim de semana as grandes equipes da estreante Série D mostraram sua cara.
  • Chapecoense 3x2 Macaé
  • Alecrim 2x2 São Raimundo
O Macaé perdeu para o Chapecoense em Santa Catarina. Mas como havia vencido o primeiro jogo por 2x0, passou para a grande e esperada final. Já o São Raimundo, que havia vencido a primeira partida em casa, conseguiu segurar o empate contra o Alecrim e triunfou na casa adversária. No próximo fim de semana teremos uma batalha para ver quem será o histórico primeiro campeão da Série D do Campeonato Brasileiro!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Retrato do artista enquanto jovem











Mondrian, 1908Mondrian, 1944

A Dog's Life (vídeo no link)

Limelight (vídeo no link)
Chaplin, 1918Chaplin, 1952




Portinari, 1920Portinari, 1958
The wide playgrounds were swarming with boys. All were shouting and the prefects urged them on with strong cries. The evening air was pale and chilly and after every charge and thud of the footballers the greasy leather orb flew like a heavy bird through the grey light. He kept on the fringe of his line, out of sight of his prefect, out of the reach of the rude feet, feigning to run now and then. He felt his body small and weak amid the throng of the players and his eyes were weak and watery. Rody Kickham was not like that: he would be captain of the third line all the fellows said. ...
Sir Tristram, violer d'amores, fr'over the short sea, had passencore rearrived from North Armorica on this side the scraggy isthmus of Europe Minor to wielderfight his penisolate war: nor had topsawyer's rocks by the stream Oconee exaggerated themselse to Laurens County's gorgios while they went doublin their mumper all the time: nor avoice from afire bellowsed mishe mishe to tauftauf thuartpeatrick: not yet, though venissoon after, had a kidscad buttended a bland old isaac: not yet, though all's fair in vanessy, were sosie sesthers wroth with twone nathandjoe. Rot a peck of pa's malt had Jhem or Shen brewed by arclight and rory end to the regginbrow was to be seen ringsome on the aquaface. ...
Joyce, 1916Joyce, 1939




Picasso, 1897Picasso, 1969

Piano Concerto No. 1, Opus 15 (vídeo no link)

Sinfonia no. 9, Opus 125 (vídeo no link)
Beethoven, 1797Beethoven, 1824

Mesa-redonda bola-quadrada: Inter x Atlético-PR, Corinthians x Grêmio

Bom, embora o colega blogueiro gremista do MRBQ pareça estar desinteressado no Campeonato Brasileiro e tenha resolvido acompanhar as aventuras da seleção argentina nas Eliminatórias ( ;-) ), tivemos nesse final de semana mais uma rodada do Brasileirão, que segue emocionante.
  • Inter 1x1 Atlético-PR
  • Corinthians 2x1 Grêmio
O Inter jogou melhor a partida toda, mas parecia pouco objetivo. Mário Sérgio havia dito que não faria o 3-5-2 sem Kléber, mas na hora H aplicou o esquema colocando Marcelo Cordeiro na ala. Este, impiedosamente marcado pela torcida(!), foi substituído no segundo tempo por Andrezinho (que depois de jogar de ala nesse jogo acho que só não atuou no Inter como goleiro ainda!). Perto do fim do jogo, quando tudo estava naquele clima de "é só questão de tempo", o Atlético-PR marcou um gol. O Inter então acordou e com cruzamento de Glaydson e cabeçada de Alecsandro, buscou o empate. Depois do jogo o interessante foi uma entrevista de um jogador do Atlético, dizendo algo como "fizemos o gol, mas aí então o Inter impôs um ritmo para empatar a partida". Não tem como não ficar pensando: "pô, por que então não impuseram esse ritmo antes de tomar o gol???"

O Grêmio perdeu em São Paulo para o Corinthians, que com esse jogo ultrapassou o tricolor na tabela. Os paulistas vinham de cinco rodadas sem vitória e garantiram a vitória no primeiro tempo, com gols de Ronaldo, logo aos dez minutos, e Elias. O Grêmio descontou no tempo complementar com Réver e era isso -- esgotei todos os clichês de jornalismo esportivo que eu conheço para descrever uma partida que eu não assisti e só sei o placar. :-)

A situação do campeonato é a seguinte. Faltam 9 rodadas; o Palmeiras é líder com 54 pontos, seguido por São Paulo, Inter, Atlético-MG, Goiás e Flamengo, com 49, 48, 47, 46 e 45. Nesta rodada, nenhum dos cinco primeiros venceu, o que ajudou a embolar a tabela. Em especial, São Paulo e Inter empataram enquanto o Palmeiras incrivelmente perdeu de 3x0 para o Náutico, o que diminuiu em um ponto a folga do verdão. Depois do Flamengo, todos os 7 times da zona da Sul-Americana estão espremidos em uma diferença de 2 pontos; do Cruzeiro que é sétimo com 42, ao Santos que é décimo-terceiro com 40. É interessante notar que a maior diferença de pontos entre duas posições consecutivas da tabela é a do Palmeiras em relação ao vice São Paulo. "Já ganhou?" Eu tenho minhas dúvidas.

Mesa-redonda bola-quadrada: Eliminatórias da Copa

Nesta quarta-feira de outubro encerraram-se as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul. Já estavam classificados Brasil, Paraguai e Chile. A última vaga ficou em uma disputa acirrada entre Argentina, Uruguai e Equador. Mas a equipe de Maradona levou a melhor:
  • Uruguai 0x1 Argentina
  • Chile 1x0 Equador
  • Brasil 0x0 Venezuela
O clássico da Prata era o jogo mais esperado da última rodada. Além da rivalidade histórica, o resultado diria quem iria ocupar a última vaga para a Copa do Mundo. E o jogo seguiu os moldes de um grenal, com muita marcação e jogadas duras de ambos os lados. O primeiro tempo terminou como começou. A equipe cisplatina jogou melhor, mas não teve chances claras de gol. O segundo tempo não mudou muito. Porém, quase aos 40min do segundo tempo o uruguaio Cáceres foi expulso. Logo após, a Argentina abriu o placar numa cobrança de falta de Messi que Verón completou para dentro das redes. E o jogo terminou assim, para alegria dos argentinos que conseguiram a vaga depois das eliminatórias mais dramaticas dos últimos tempos. Com a derrota do Equador, o Uruguai ficou em quinto lugar e disputa a repescagem contra a Costa Rica.

O jogo do Brasil não valia mais nada. Os jogadores da seleção não estavam afim de se cansar e a Venezuela não estava afim de ser goleada. E o blogueiro também não está afim de descrever este jogo horroroso. Só para constar, a partida terminou empatada sem gols. Mas com a derrota do Paraguai diante da Colômbia, o Brasil garantiu o primeiro lugar.

A seleções que estarão na África do Sul, além da anfitriã, são:
  • Brasil, Chile,Paraguai e Argentina;
  • Estados Unidos, México e Honduras;
  • Camarões, Tunísia, Argélia, Gana e Costa do Marfim;
  • Austrália, Japão, Coréia do Sul e Coréia do Norte;
  • Dinamarca, Suiça, Eslováquia, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Sérvia, Itália e Holanda
As outras vagas serão disputadas nos jogos de repescagem.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Mesa-redonda bola-quadrada: Inter x Náutico, Atlético-PR x Grêmio

Rodada de bons resultados para a dupla Grenal. A cobertura só saiu hoje porque resolvi esperar o resto da rodada.
  • Inter 3x1 Náutico
  • Atlético-PR 0x0 Grêmio
Técnico novo, adversário fácil, jogo em casa, D'Alessandro de bom humor. Tudo conspirava para uma vitória e o Inter não decepcionou. Três a um, dois gols de Alecsandro e o Inter está de volta ao G-4. Pro Grêmio, o empate fora de casa não foi um mau resultado, especialmente considerando os resultados paralelos: Flamengo, Goiás, Atlético-MG, São Paulo e Palmeiras perderam pontos nessa rodada. Poderia ter sido melhor: o Palmeiras chegou a estar perdendo em casa de 2x0 pro Avaí, mas buscou o empate. O São Paulo também ficou no 2x2 com o Coritiba.

O Grêmio segue a 6 pontos do G-4; o Inter a 7 pontos da liderança, e a dois do vice São Paulo, que pega o Flamengo no Rio enquanto o Inter joga com o Atlético-PR no Gigante. Já o Grêmio vai pra São Paulo enfrentar o Corinthians, que está 5 posições atrás do tricolor na tabela... mas a apenas dois pontos. Aliás, o meio da tabela está extremamente embolado: temos Flamengo, Grêmio e Vitória com 42, 41 e 40, e então Cruzeiro, Avaí, Santos e Corinthians com 39 pontos. Faltando 10 rodadas no campeonato, qualquer um deles tem chances reais de chegar ao G-4.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O Curioso Caso de Roman Polanski

Um post meio fora de timing, mas ainda atual: o cineasta franco-polonês Roman Polanski finalmente foi preso por conta de um rumoroso caso de estupro ocorrido na década de 70 nos EUA. Ele foi detido na Suíça semana passada pela polícia local, quando ia receber um prêmio no Festival de Zurique, a pedido da Justiça norte-americana. O fato desencadeou uma série de reações nos meios artísticos e jurídicos internacionais, variando entre o apoio à prisão e um movimento chamado de Free Polanski.

O caso é daqueles bem complicados: Polanski, no auge da fama por conta da sua obra-prima Chinatown, levou uma modelo adolescente de 13 anos à casa de Jack Nicholson (sempre metido em safadeza...), e teria chapado e abusado da moça. A vítima, Samantha Gailey, afirmou na época que a relação não foi consentida; hoje, é uma das principais defensoras do fim do processo. Como Roman era uma celebridade à época, o caso virou circo, com juízes propondo acordos escusos e a boa e velha exploração sensacionalista da imprensa correndo solta.

Durante o imbrólio judicial, Polanski fugiu da América do Norte (onde não pode entrar, nem para receber um Oscar, por exemplo -- que ele ganhou por O Pianista) e se refugiou na França. Como o caso já fez aniversário de três décadas, as versões sobre o caso se multiplicaram. Deixo para vocês textos de dois "iguais" (críticos de cinema brasileiros) que têm visões discordandes: Isabela Boscov, da revista Veja, condenando o diretor; e o ótimo Pablo Villaça, do site Cinema Em Cena, que o defende (ainda que critique a relação com uma menor tão nova). Vale a pena, eles explicitam todos os detalhes do caso.

Polanski tem uma trajetória atribulada, a começar pela morte de seus pais num campo de concentração na Segunda Guerra. Um certo grau de violência e sexualidade são uma constante em seus filmes: a primeira obra sua a chamar a atenção internacional foi o thriller Repulsa ao Sexo, bastante polêmico à época. A ele, seguiram-se os sucesso de bilheteria Dança dos Vampiros (1967), comédia de costumes que flertava com elementos fantásticos, e o clássico Bebê de Rosemary (1968) -- que, nas palavras de José Mojica Marins, é o "melhor filme de horror da história". Nos anos 1970, já estabelecido nos EUA, Polanski passou por um momento dramático: sua mulher, a atriz Sharon Tate, grávida de oito meses, foi brutalmente morta pela "família Mason", na série de assassínios que consagrou o termo serial killer. Ainda nesta década (e antes do abuso de Samantha Gailey), o diretor se envolveria com a atriz adolescente Nastassja Kinski, num affair bastante rumoroso.

Os casos de estupro -- e demais denominações que os crimes de violência sexual possam ter -- são, de longe, os mais complexos. Ao passo que é, talvez, o ato criminoso mais abominado pela sociedade (sendo aquele envolvendo menores considerado a mais escabrosa das possibilidades), é também um dos mais incertos para a Justiça. Nos meus gloriosos dias de repórter policial em Montenegro, acompanhei casos de estupro em que a vítima retirava a acusação ou, ainda, em que o inquérito policial indicava que o delator tinha mentido ou sido condicionado a mentir. Casos escabrosos, como mães acusando filhos de as terem violentado, ou de crianças relatando abusos por parte de maiores, não raro se revelavam invenções de falsas vítimas, na tentativa de prejudicar alguém. Por outro lado, conheci histórias de mulheres violentadas que deixavam muito claro o quão difícil era ter que continuar a viver depois do estupro. Podem ter certeza: é um crime que destroi a vítima em todos os sentidos.

As diferentes noções que têm feito as pessoas condenarem ou louvarem Polanski é só o caso mais famoso desta terrível complexidade.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Kieslowski e o pensar no espectador


Meses atrás, o Gustavo me sugeriu um post sobre o cineasta polonês Krzysztof Kieslowski -- e eu fiquei pensando durante todo este tempo: o que escrever sobre um dos melhores diretores europeus das últimas décadas?

Kieslowski teve uma trajetória inusual: apesar de trabalhar em cinema desde 1960, a fama chegou apenas no final dos Oitenta com um seriado para a televisão polonesa, o celebreado Decálogo. Na sequência, foi "importado" para a França, onde fez suas obras mais significativas: A Dupla Vida de Véronique e a espetacular "Trilogia das Cores", que no Brasil recebeu os títulos de A Liberdade é Azul, A Igualdade é Branca e A Fraternindade é Vermelha -- tradução que acaba estragando a sutileza dos nomes originais (Três Cores: Azul, Branco e Vermelho).

Todos são trabalhos belíssimos, enquadrados naquilo que se convencionou chamar de "cinema de arte", um termo que eu abomino. De qualquer maneira, estava recentemente revendo os filmes da "Trilogia das Cores", dando uma certa atenção ao extras. Um dos featuretes, La Leçon de Cinéma, era interessantíssimo: entervistas curtas com o próprio Kieslowski na sala de montagem de cada uma das fitas, em que ele debate pontos específicos das suas escolhas estéticas.

No caso de A Liberdade é Azul, o polonês explica uma cena em que a protagonista Juliette Binoche deixa um torrão de açúcar absorver café de uma xícara. Krzysztof conta que ele e o seu assistente de direção tentaram vários tipos de torrões. O objetivo era encontrar um que absorvesse o líquido em cinco segundos, tempo que o diretor considerava o exato para a tomada. Depois de várias tentativas (com torrões que demoravam três segundos, outros que demoravam onze), finalmente acharam o certo.

À primeira vista, a história é um exemplo daqueles preciosismos tolos, um perfeccionismo que uns exaltam, outros desprezam -- e que muitos diretores usam para fazer a sua fama. Dentro, aliás, do tal "cinema de autor" ou do universo dos "filme de arte", estas escolhas indiscutíveis do diretor costumam ser tratadas como sagradas. Por que exatos cinco segundos? Ora, porque o diretor quer assim, e pronto.

No entanto, o esforço de encontrar o torrão certo tem um outro motivo que não os desejos pessoais de Kieslowsky. Didaticamente, ele diz na entrevista: acreditava que o público ia achar maçante se, na cena, o açúcar demorasse para absorver o café; por outro lado, se fosse rápido demais ninguém notaria o efeito. Ele, enquanto realizador, tinha convicção que o timming exato da cena para o público seria de cinco segundos. Uma decisão tomada tendo em vista o anônimo que estaria, em algum lugar do mundo, vendo o seu filme.

Estamos acostumados a ver artistas de várias linguagens, não só do audiovisual, a justificar seus equívocos e más obras sob o inalienável direto de expressão pessoal, abrindo caminho para trabalhos que nada dizem a ninguém. Da minha parte, considero um talento raro este pensar no público que possa, eventualmente, acessar a obra de arte. Os grandes artistas têm este "dom" (na falta de uma expressão melhor), esta generosidade de pensar nas emoções e reações daqueles desconhecidos que compartilharão experiências com a sua arte.

Isso, claro, não quer dizer necessariamente condescendência (no sentido de fazer concessões ao público apenas para atingir sucesso comercial, tornando a obra mais "fácil"). É uma visão maior, que inclui o espectador como uma espécie de artista último, aquele que dá uma definição e formato final (e pessoal) à arte -- justificando o significado da própria existência da arte.

Mesa-redonda bola-quadrada: Grêmio x Sport, Coritiba x Inter

No primeiro fim de semana de outubro disputou-se a 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. E a rodada não foi nada satisfatória para a dupla grenal:
  • Grêmio 3x3 Sport
  • Coritiba 2x0 Inter
O Grêmio jogou na primeira rodada de jogos dominicais. Ainda sonhando com o G4 e defendendo o bom retrospecto em casa, enfrentou o fraco Sport do Recife. Os torcedores que foram ao jogo esperando mais uma goleada, assistiram um jogo com 6 gols. Mas 3 para cada lado. O jogo parecia mais uma apresentação tranquila do tricolor. Aos 8 min Maxi Lopes cruzou e Jonas fez um lindo gol de primeira. Mas logo depois, em uma falha de saída do goleiro Grohe, Vandinho cabeceou e empatou a partida. Maxi em jogada pessoal, driblou o marcador e chutou em direção ao gol. A bola desviou e encobriu o goleiro. No segundo tempo, o Sport foi pra cima e arrancou o empate aos 6 min. Logo depois, o jogador do Leão colocou a mão na bola dentro da área e o juiz marcou penalti a favor do time da casa. Tcheco rebolou na frente do goleiro, que defendeu o chute. O Grêmio ainda conseguiu voltar a frente no placar com mais um gol de Maxi Lopes. Mas a festa tricolor não durou muito. Fininho empatou novamente a partida em outra falha da defesa. No fim da partida, a torcida tricolor não perdoou e vaiou a apática apresentação da equipe. O empate fez o Grêmio perder 1 posição na tabela, ficando em 7°, após a vitória do Flamengo.

E o colorado mais uma vez decepcionou. Jogando no Paraná, contra o Coxa, fez uma partida abaixo do nivel técnico esperado e sofreu mais um revés. O primeiro tempo foi movimentado, com jogadas rápidas pelos dois times. Porém, as conclusões efetivas foram escassas. Com esse equilíbrio, o primeiro tempo terminou empatado sem gols. O técnico alviverde apostou todas suas fichas na vitória e colocou 3 atacantes na etapa complementar. Aos 30 min, o centroavante Rômulo cruzou para Marcos Aurélio, que não perdoou e chutou livre, estufando as redes do goleiro Lauro. O Inter abatido, não teve capacidade de reação e ainda sofreu o segundo gol aos 44 min pelos pés de Thiago Gentil. Contando os jogos da Sul-Americana, são 6 partidas sem vitória. A cada rodada, o Inter perde uma posição na tabela e pela primeira vez no campeonato, está fora do G4.

Apesar da convicção do presidente Vitório Pífero em afirmar que Tite ficaria no Inter até o fim da temporada, o mau momento tornou a situação insustentável. Tite foi demitido na manhã desta segunda-feira. Luxa foi sondado, mas recusou o convite. Assim, Mário Sérgio foi contratado para o cargo até o fim do Campeonato Brasileiro.

E a série D está chegando em seus momentos finais. Os 4 classificados para a Série C estão agora disputando para ver quem será o primeiro campeão da gloriosa 4ª divisão.
  • Macaé 2x0 Chapecoense
  • São Raimundo 3x1 Alecrim
O Macaé jogou a primeira partida da semifinal num Maracanã lotado. Era a preliminar do Fla-Flu. E apoiado pela torcida, venceu o Chapecoense com dois gols de Bruno Luiz.
O São Raimundo fez o dever de casa e também venceu o Alecrim por 2 gols de diferença, fazendo 3x1 no Colosso do Tapajós. Domingo que vem, veremos quem serão os finalistas deste incrível campeonato.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Olimpíadas de 2016 no Rio!

A grande notícia do dia é que o COI selecionou o Rio de Janeiro como cidade-sede da Olimpíada de 2016. Todos os meios de comunicação estão cobrindo o fato, então não há porque se debruçar muito sobre a notícia aqui.

O que me chamou a atenção, mas infelizmente não me surpreendeu, foi a reação das pessoas à notícia. Vendo a minha lista de contatos do Twitter, enquanto todos os meus contatos de outros países estão felicitando o país pela conquista -- a primeira Olimpíada a ser realizada na América do Sul -- os brasileiros estão, em sua imensa maioria, reclamando.

A tônica é a ironia, falando de gastos excessivos, de corrupção, de violência. Cada um querendo se mostrar mais esperto que o outro fazendo a melhor "tiradinha" sobre como se é tão esperto em ver que as Olimpíadas no Rio são uma furada e que o povo que está nas areias de Copacabana comemorando o evento são parte do "povo alienado", "massa de manobra". Parabéns pra vocês, ó intelectuais politizados. A imagem ao lado é em sua homenagem.

O que essas pessoas ignoram é que a Olimpíada no Rio é sim símbolo do progresso do nosso país. Há relativamente poucos anos seria impensável fazer um evento de escala mundial no Brasil. Hoje o Brasil é um país totalmente diferente do que era há 20 anos atrás, mas o complexo de inferioridade parece que continua. Vocês acham que não existe corrupção em licitações públicas em Chicago, Madrid, Tóquio? "Ah, mas aqui tem que ser pior." Vocês acham que organizar uma Olimpíada não seria algo muito caro para qualquer uma dessas cidades? "Ah, mas o Brasil é o mais pobre."

Ontem chovia e eu estava na parada do ônibus e uma mulher reparou que havia uma goteira na parada. O comentário dela: "Claro, né! Só podia ser no Brasil, onde tudo é mal-feito!". Gostaria de saber em quantos países do mundo ela já pegou ônibus pra relacionar aquele pequeno problema da parada ao país. Conversando com o Barolho sobre os impactos da crise financeira na Irlanda eu pude começar a ter uma noção do que aconteceu, porque o Brasil realmente passou batido pela crise. O Brasil é um país de economia estável, que tem seus problemas como todo país tem, mas que está numa crescente enquanto muitas ditas potências estão estagnadas ou em recessão. A economia brasileira é perfeitamente comparável à dos países-sede de olimpíadas passadas.

O Rio de Janeiro é uma cidade realmente maravilhosa e que eu considero em plenas condições de receber um evento dessa magnitude. O Rio não é "menos cidade" do que Los Angeles ou Barcelona. Os problemas de violência existem (como problemas sérios de diferentes naturezas existem em outras grandes cidades) mas o preconceito que se tem da cidade é injustificado -- vejo muita gente falar mal do Rio, mas é sempre gente que nunca foi lá. A estrutura que a cidade já tem é sim comparável à de diversas cidades que já hospedaram Olimpíadas e até o evento estará com certeza ainda melhor. A Copa do Mundo que ocorrerá dois anos antes servirá como "prévia" para a cidade e com certeza as lições aprendidas em 2014 serão úteis para 2016, como já foi o Pan de 2007, cujo sucesso com certeza pesou na decisão do COI.

Parabéns para o Brasil, parabéns para o Rio de Janeiro, parabéns para nós! E pros meus amigos do Rio: já estou desde hoje pleiteando um cantinho pra ficar hospedado na casa de alguém em julho de 2016. :-)

Paulicéia Desafinada: quatro solistas em SP

Um post a oito mãos: neste último final de semana, estivemos (Jean, Roberto, Chico e Hisham; além do Daniel, irmão do Roberto) em São Paulo, visitando a ExpoMusic e aproveitando para fazer um pouco turismo pela cidade. Foram dois dias bem divertidos -- nossos agradecimentos ao pessoal do Hostel Ô de Casa pela simpática acolhida e pelas dicas para os programas de domingo. :)

ExpoMusic: No primeiro dia de nossa estadia em SP fomos a maior feira de Audio da América Latina. Além de MUITA gente visitando, vimos uma feira maior que ano passado, com mais lojas, fabricantes e importadores de instrumentos e equipamentos de áudio. No total eram três pavilhões. Ao meu parecer, este ano a feira esteve mais focada em instrumentos do que equipamentos de ProAudio e iluminação. Isso se deve talvez, por alguns grandes da área de ProAudio não terem comparecido. De mais a mais, a feira estava ótima, muito divertida. Existia bastante interação entre o público e os estandes, permitindo aos curiosos de plantão testarem quase tudo que estivesse exposto.

Praça da Liberdade: Aproveitamos o meio-dia de domingo, que no caso já era em torno de 3h da tarde, e fomos almoçar na feira da Praça da Liberdade. Para quem não conhece, o bairro da Liberdade é o reduto oriental em São Paulo. Os imigrantes japoneses se instalaram lá no inicio do sec. XX. O bairro portanto conserva muita coisa interessante da cultura japonesa, como as luminárias orientais nas ruas, jardins japonses e fachadas escritas na língua dos imigrantes. No domingo ocorre uma feira popular com artesanato, vestimentas e gastronomia oriental, onde pudemos apreciar um delicioso Yakisoba. Algumas coisas chamaram atenção dos solistas: produtos pitorescos são vendidos nos mercadinhos e seus nomes escritos apenas em Japonês; a rua principal do bairro, que atravessa a praça se chama "Galvão Bueno", o que poderia ser uma homenagem em vida dos orientais ao adorado narrador esportivo; na entrada do metrô, algo parecido com um congresso emo, onde vários simpatizantes encontram-se para chorar. Infelizmente, o tempo foi curto para conhecer coisas interessantes desta região. Mas permitiu ver um pouco mais de perto o mix cultural da cosmopolita São Paulo.

Museu da Língua Portuguesa: Nossa penúltima parada na terra da garoa foi no comentadíssimo Museu da Língua Portuguesa, que já chama a atenção logo na entrada: genialmente, ele "aproveita" a estrutura da Estação da Luz do metrô paulistano. Exemplo disso é que parte das atrações do local nesse ano são dedicadas ao Ano da França no Brasil, e um dos painéis fazia um trocadilho inteligente entre o nome da estação e o apelido da capital francesa, Paris, a "cidade luz" (algo como "embarque para Paris", e andando uns cinco passos se chegava até um vão onde dava pra enxergar os trens da Estação logo em frente). Fora toda uma parte do museu dedicada às relações entre as línguas francesa e portuguesa, chama a atenção o trabalho caprichado para proporcionar interatividade entre o visitante e as instalações. Nós solistas tivemos a felicidade de testemunhar também uma belíssima peça audiovisual que conta de maneira muito criativa as origens da nossa língua-mãe, vídeo este narrado pela bela voz de Fernanda Montenegro. O vídeo prepara o visitante para a "cereja do bolo" no Museu - e que cereja... Mas a surpresa é tão legal que nós comentávamos na saída: "É melhor não contar pra ninguém sobre isso. As pessoas têm que vir aqui e ver!"

Pinacoteca: Encerramos o domingo com uma ida à Pinacoteca do Estado de São Paulo. Duas exposições bem legais rolando: uma dedicada a Matisse, como parte dos eventos do Ano da França no Brasil, e uma dedicada ao cubismo. A exposição "Matisse hoje" foi interessante. Os quadros não eram lá os mais representativos do pintor, mas cobriu diversas fases da sua carreira. Talvez as partes mais legais tenham sido as séries de estudos com rostos e corpos traçados com um mínimo de linhas. A exposição "O cubismo e seus entornos" foi mais divertida. Capitaneando a mostra, os trabalhos do espanhol Juan Gris, com seus ângulos e violões, sempre cativantes. Mas o quadro que acho que nos causou maior impacto foi o da russa Natalia Goncharova, cuja composição nos remeteu à pop art mesmo tendo sido feito 50 anos antes desse movimento.

De resto, claro, muitas risadas, bobagens e papos inteligentes nos dois voos, no hostel, nos táxis com cinco passageiros e nas muitas caminhadas pela cidade. E ainda faltaram pelo menos dois lugares: o Mercado Público (o Daniel só falava no sanduíche de mortadela) e o Museu do Futebol. Ficou pra próxima.

Como é bom viajar, amigos...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Mesa-redonda bola-quadrada: Universidad x Inter

"Alô amigos da rede Sol Desafinado", estou de volta de viagem e por conseguinte de volta ao MRBQ, que foi muito bem mantido pelos competentíssimos colegas Roberto e Ulisses. Aliás, a ideia é a partir de agora adotarmos um esquema de rodízio de posts.

Estava eu ontem na expectativa de que com o meu retorno o Inter voltasse a ganhar, mas não foi dessa vez. O colorado foi ao Chile ontem para ser eliminado da Sulamericana:
  • Universidad (Chile) 1 x 0 Inter
Assisti o jogo a partir do final do primeiro tempo. Resumidamente, achei uma várzea. Time misto do Inter todo desentrosado, uma correria sem nexo em campo. A história poderia até ter sido diferente se a linda bola que o Andrezinho botou na trave tivesse entrado, ou se o juiz tivesse visto o chute que o Sorondo tomou na cabeça e tivesse dado pênalti, mas o placar não foi injusto. O lado bom é que agora não tem mais aqueles papos de poupar titulares pra isso ou aquilo. Agora é ir com tudo para o Campeonato Brasileiro. Ainda há chances.