quarta-feira, 17 de março de 2010

Combo metal/hard/progressivo: DT e Guns - prólogo

Foi um dia atípico o dia de ontem.

Quando soube, há cerca de dois meses, que haveria dois shows internacionais, de bandas que eu gosto muito (não sou fã, mas gosto bastante), NO MESMO DIA, tive momentos de dúvida. Em qual deles ir? Não sei bem o que me fez decidir por um e não pelo outro. Sei que em nenhum momento me arrependi da escolha.

E então, chega o dia 16. E desde já peço desculpas por esta não ser uma resenha comum de show. Mas o dia de ontem não teve nada de comum.

À tarde, fico sabendo da previsão – que mais tarde revelou-se um pouco exagerada – que Axl Rose e sua banda que ainda chama-se Guns’n’Roses entrariam no palco somente por volta das 3 da manhã. O motivo seria o equipamento da banda, ainda trancado no Rio de Janeiro, depois da desastrosa “não-passagem” pela cidade maravilhosa. De imediato, avisei o André e o Daniel, que iam ao show. E mantive a informação na cabeça. O Dream Theater subiria ao palco do Pepsi on Stage às 21h30. Se a previsão de atraso do Guns fosse no mínimo aproximada, daria até pra ir aos dois shows. O problema seria a grana. Um grande problema.

Fomos de turma ao Dream Theater. Da turma de solistas, estavam, além de mim, o Roberto, o Daniel (que desanimou com a notícia do atraso do Guns), o Jean e o Ulisses. O André optou pela aventura de encarar o provável e gigantesco atraso do Axl Rose.

ATENÇÃO: a partir de agora, o relato contém fatos inusitados, verídicos e improváveis, mas verdadeiros. Sério mesmo.

Eu, Jean e Roberto chegamos alguns minutos antes da banda de abertura subir ao palco. Passamos pelos portões do local sem pegar nenhum tipo de fila, experiência inédita e prazerosa pra mim. Lá dentro encontramos o Ulisses e os irmãos Maciel, amigos nossos e fãs de DT. Demoramos mais de meia hora pra achar o Daniel, que estava a uns 10 metros da gente. E o local não estava mais do que “meio lotado”. Começou a indiada, pensei.

Eis que entra a banda de abertura. Ao som da Marcha Imperial, de Star Wars. Conseguiram muitos simpatizantes de cara. Nossa turma inclusa. Os quatro integrantes do Bigelf adentram o ambiente, parecendo 4 clones do vocalista do “Quase Famosos”, com a exceção do próprio vocal e tecladista da banda, que trajava uma capa roxa (“Yes” feelings) e uma cartola (teve muita piada relacionando o cara ao Slash). E o baixista era canhoto e tinha dreadlocks, o que despertou a simpatia do Roberto. Entendam como quiserem.

(Pequeno parênteses: palavras do nosso amigo Coutinho: “essa era a banda que eu queria ter: um guitarrista que usa Gibson SG, um baixista canhoto que nem eu, e que usa um Rickembacker, e um tecladista frontman, que coloca dois teclados NO MEIO DO PALCO!”)

Mas a simpatia foi embora depois da segunda música, quando tudo o que eles tocavam parecia igual, uma mistura de (ótima definição dos Coutinho Brothers) Deep Purple e Silverchair (?!?!??). Uma bosta, na verdade. Pra não dizer que tudo tava ruim, tinha um Yoda em cima do teclado. Bem simpático, apesar de clichê. Mas o som tava horrível e a banda não ajuda.

Pontos altos: ... Oi?

Queríamos mesmo era ver o Dream Theater. E então começa a movimentação de roadies no palco, testando o som, afinando instrumentos. Puxamos o coro “roadie, roadie, roadie!”. Coro este logicamente imitado logo depois. Os shows são divertidos por causa deste tipo de coisa.

CONTINUA.

7 comentários:

  1. Chico, faltou mencionar que passamos pelos caras do DT na calçada e nem vimos eles! Passamos reto.

    Depois de ver uma van na nossa frente cheio de batedores, fizemos o seguinte comentário:
    - Q m..., tudo para atrasar a gente!
    Eis q o taxista responde:
    - Eram uns cabeludos que estavam tirando foto na frente do hotel. Vcs passaram por eles.

    :(

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  2. Calma, cocada! Eu escrevi isso no segundo texto. Escrevo como os roteiros do Lost, com flashbacks, flashforwards, viradas surpreendentes, etc...

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  3. Bem-vindo à internet com os seus spoilers, ó roteirista! ;)

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  4. Sorry :( É que achei q tu tinha esquecido. Mas se tu escrever melhor no segundo texto ainda tá valendo!

    Foi mal...

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  5. Eu não escreveria um texto de indiada melhor, Chico. Delicioso.

    Viu, Hisahm? A tua teoria de que eu estraguei o Jean também para o cinema é infundada: por mais que ele fique sacando o áudio, ele não tem como abarcar as demais características e elementos de uma obra audiovisual -- a narrativa, inclusive. ;D

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  6. Rá Rá Rá.
    Como vcs são engraçadinhos...

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