terça-feira, 2 de novembro de 2010

Revisitando a Discografia de Paul McCartney, parte 1 – Os anos 70

Fazendo o “aquece” para o show do Paul no Beira-Rio do dia 7 de novembro, resolvi revisitar a sua discografia. (Não se preocupe Ulisses, não vou falar das péssimas atuações cinematográficas do Paul. :) O resultado está sendo um post bem superficial e subjetivo da carreira do Paul pós-Beatles. Dividi em várias partes, ainda nem sei quantas serão. Comecemos pelos anos setenta...

1970-early 1973

Praticamente junto com a dissolução oficial dos Beatles, Macca lança ainda em 1970 um álbum chamado simplesmente McCartney. O que dá a impressão de que todas as “sobras” que ele não tinha coragem de mostrar aos Beatles, ele resolveu mostrar ao resto do mundo. As grandes exceções são Junk e Maybe I’m Amazed, duas canções excepcionais que destoam das demais, não pelo estilo de gravação, mas por sua qualidade musical em si.

No ano seguinte veio Ram, um disco mais elaborado em termos melódicos mas que também não agradou muito como um todo – eu fico imaginando os críticos na época, comparando com os discos dos Beatles... e no mesmo ano temos o primeiro disco da banda Wings, chamado Wild Life: um disco cru (cinco músicas foram gravadas em um só take) e bem fraco. Meu sogro diz que, na época, juntou uma boa grana pra comprar esse disco - acho que ele merecia um pouco mais pelo suor...


Depois de 72, o primeiro ano da carreira profissional do Macca sem lançar um álbum, em 73 ele muda o nome da banda para Paul McCartney & Wings e lança Red Rose Speedway, que tem um grande lado A e um lado B “just fine”. A crítica aos poucos volta a respeitar o ex-beatle.


Late 1973

Depois do grande sucesso do compacto Live and Let Die, tema do filme homônimo bondiano, Macca prepara um novo álbum para ser lançado. A Nigéria é escolhida dentre os estúdios da EMI disponíveis. Na véspera da viagem, dois membros cuzões fogem debaixo das asas e Macca, sua esposa e Denny Laine, gravam sozinhos o álbum Band on the Run, que viria a ser o mais importante da carreira do Wings. Consistente e com grandes músicas como a faixa-título, Jet, Let Me Roll It e Mrs Vandebilt, que Paul perpetua em seus shows até hoje. É um grande disco, apesar de ser ele mesmo que toca bateria. ;)

1976-1979

Ainda junto com o Wings saíram Venus and Mars, Wings at the Speed of Sound, London Town e Back to The Egg. O melhorzinho é o primeiro e, espremendo todos eles, dá pra tirar Listen to What The Man Said, Silly Love Songs e Let ‘Em In, sucessos medianos. Como isso aconteceu eu não sei, mas o grande Macca entrou na onda de fazer-o-que-queria e deixou a coisa degringolar. É um direito dele, mas fico com saudades das saudáveis competições musicais com John Lennon (um lançava Strawberry Fields, o outro vinha com Penny Lane...). Mas o pior ainda estava por vir, como verão no próximo post...


3 comentários:

  1. Bá, me lembrou q tenho q ouvir o Band on The Run de novo ;-)

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  2. Domingo fui no Barolho e ele tava vendo um dvd do McCartney, tentei assistir, mas 5 minutos depois eu cai fora da sala.... definitivamente não consigo gostar

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  3. O link da foto do Ram estava quebrada então botei outra ali.

    Até porque é o meu disco preferido dessa leva. :-)

    Talvez porque eu nunca tenha dissecado o Band on the Run, que é o álbum mais famoso, mas eu ouvi muito o Ram quando botei as mãos nele. É um disco muito caprichado cheio de canções boas.

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