sexta-feira, 1 de abril de 2011

Ozzy em POA - Tá velho mas tá bom




Fui no show do Ozzy em POA. E me surpreendi positivamente. E muito! Comprei o ingresso com aquele sentimento de "tá velho, mas vou pelo folclore". Mas o show foi animal! No dia do show eu nem estava com tanta pressa de entrar no Gigantinho (como normalmente fico em dia de show). Bem tranquilo, tomando uma ceva e tal, trovando com os parceiros, olhando o movimento...

Faltando 20 minutos me dirigi ao portão, quando eu me deparei com uma fila enorme para entrar no Gigantinho (não sei por que ainda fico bravo com isso, show no Gigantinho é sempre uma zona). Quando chegou na hora da revista entendi o porque da lentidão. Tirei tudo dos bolsos, mostrei para o cara, e o magrão enfiou a mão no meu bolso (Sim, sem perguntar) e tirou do meu bolso uma cartela de remédios e me fez uma cara de "a há! te peguei!". Olhei para aquela cartela de Benegrip e disse "pode ficar, só me deixa passar!". Estavam tirando até os isqueiros da galera! Que troço sem noção! E lá dentro vendendo ceva em latas! Vai entender...

Entrei e o show já estava no final da primeira música. Me postei na arquibancada em um lugar confortável para assistir. Quando me surpreendi com um velho louco colocando fogo no Gigantinho! O carisma do cara é algo! Não deixava a galera quieta um minuto sequer! Até pular ele pulou, uns 10cm do chão! Impressionante!

Quando ele caminhava, parecia uma véia de pantufa, parecia acabado. Mas definitivamente ele é maluco! O que me deixou com a pulga atrás da orelha foi o seguinte: Será que ele realmente tá acabado ou ele fica se fazendo? Não sei, sinceramente não sei.

Em certas partes do show ele ficava jogando espuma na galera! Sim, ele tinha uma espécie de arma de espumas, como se fosse um extintor. Ele jogava aquilo nele mesmo e
depois na galera. Ficava todo mundo branco. E assim ele fazia o seu momento Trapalhões.

Depois ele atravessava o palco e molhava a cabeça em um balde com água, várias vezes. Na sequência ele pegava esse resto de água e jogava na galera. O Montanha, amigo meu que ficou lá na grade disse que a água era MUITO gelada. Ou seja, o véio tava curtindo um choque térmico no palco.

O massa era ele zoando com os seguranças. Jogava espuma e molhava os caras. No final do show os caras ficavam fugindo do Ozzy que nem uns malucos.

A banda do cara era muito boa. Mas muito boa mesmo! Tudo na cabeça e redondinho. E claro, como de praxe a acustica do Gigantinho não é lá essas coisas, mas deu apra ouvir bem o show. Acho até que a acustica ajudou um pouco. Dizem que o Ozzy anda usando auto-tunning e tal. Sinceramente, de onde eu vi o Show não percebi, e achei a voz dele bem legal para o véio caquético que ele prega ser.

O repertório foi bem variado, tocou várias do disco Paranoid do Black Sabbath e os clássicos da carreira dele. Na minha opinião faltou apenas No More Tears e Perry Mason. Mas um pessoal me falou que ele toca No More Tears em apenas um show da turnê inteira. Não pesquisei para ver se é verdade.

Abaixo segue o repertório:

1. Bark At The Moon
2. Let Me Hear You Scream
3. Mr. Crowley
4. I Don’t Know
5. Fairies Wear Boots
6. Suicide Solution
7. Road To Nowhere
8. War Pigs
9. Shot in the Dark
10. Rat Salad
11. Iron Man
12. I Don’t Want To Change The World
13. Crazy Train
14. Mama, I’m Coming Home
15. Paranoid

E o fato da bandeiras, isso foi engraçado. Não vi o Ozzy com a bandeira do Grêmio, só fiquei sabendo depois (como disse, cheguei atrasado). Mas vi ele com a do Rio Grande do Sul. Na hora achei muito legal e tal, achei que tinha sido indicação da produção pelo fato do pessoal daqui ser bairrista, até porque não apareceu nenhuma bandeira do Brasil no palco. Mas quando soube da bandeira do Grêmio entendi tudo! Avisaram ele da rivalidade, ele pegou a bandeira do Grêmio (que jogaram no palco) e depois pegou a do RS pensando que era a do Inter (só pode!). Depois jogaram uma bandeira do Inter no palco, mas ele nem deu bola, afinal já tinha mostrado uma bandeira de cada time. Mas a corneta ainda assim é válida ;-)

Ozzy é imortal!

4 comentários:

  1. Sobre o auto-tune, quando anunciaram o show do Ozzy em POA eu pensei em escrever um post no Sol Desafinado chamado "Por que eu não vou no show do Ozzy", com links para os vídeos que aparece ele usando auto-tune e fazendo playback (sim, playback) ao vivo. Tenho inclusive um amigo que viu ele há alguns anos em SP e disse que saiu decepcionado.

    Me arrisco a chutar que seja por essas que o Zakk Wylde não está mais tocando com ele (a banda toda trocou, não foi?). Nos vídeos que eu assisti, chegava a ser constrangedor ver o cara ali do lado tocando enquanto dava pra ouvir a voz desencontrada do Ozzy se batendo com o playback nas partes em que ele resolvia cantar junto ou falar com o público.

    Por um lado pensei que estaria dando um alerta válido para os amigos, mas depois pensei melhor e concluí que não valia a pena ser estraga-prazeres. Imagino que a maior parte do público queria mesmo era realizar o sonho antigo de ver o Ozzy, e isso nem auto-tune nem playback mudam.

    E sabe-se lá, de repente ele estaria num dia melhor e não usaria o playback, e os auto-tunes estão cada vez melhores e menos perceptíveis (com um rack bem configurado com os tons de cada música, etc, se o vocal não fizer uma merda muito grande, dá pra fazer milagres), e isso não estragaria a experiência do show.

    Lendo a bela resenha do Jean (que me lembra que eu deveria ter feito uma pro baita show do Green Day!), fico feliz por quem foi e curtiu!

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  2. Olha, para não dizer que não percebi nada de estranho na voz dele. Teve uma música que percebi sim. Em War Pigs, na ultima frase de cada verso parecia que a voz dele tinha um pequeno delay. Mas como eu não lembrava da música original, então preferi achar que era da música mesmo.

    Por que em outras músicas que conheço bem (do disco No More Tears e Blizard Of Oz) os efeitinhos de voz estavam certinhos. Então achei que em War Pigs foi uma tentativa de colocar um efeito desses que "não deu certo".

    E assim, o show não me pareceu playback. Dava para ver a banda tocando, principalmente a batera. Eu estava de longe, mas não parecia que o batera tava usando click, mas enfim, de qualquer forma o show foi tri bom...

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  3. Jean, que bom que tu curtiu! Eu fui no show dele em SP no ano passado (ou retrasado?) e bah.. saí deveras frustrado com o lance do auto-tune. Tinha diferença de segundos do que ele cantava com o que estava no playback e, por vezes, ele bateu palmas, segurando o microfone, enquanto a voz dele saia nas caixas. O que salvou o show, naquele dia, foi a abertura do Korn.

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  4. Bá, essas tosquices não aconteceram. Eu pelo menos não percebi nada disso. Mas enfim. De repente é como o Hisham falou, ele estava em um dia melhor em POA. Vai saber...

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