quinta-feira, 28 de maio de 2009

Mesa-redonda bola-quadrada

Pra aplacar de uma vez os temores do Ulisses que a gente acabaria falando só de música, vamos começar uma tradição de, ao final de cada rodada futebolística, fazermos um post para debatê-la (ou seja, dois posts esportivos por semana, uma na quinta e um na segunda). Vamos lá, então, resumo da rodada:
  • Inter 3x1 Coritiba
  • Caracas 1x1 Grêmio
  • outros resultados: Barcelona 2x0 Manchester United (final da Champions League), Cruzeiro 2x1 São Paulo, Vasco 1x1 Corinthians
Bom, de minha parte eu só assisti o jogo do Inter. Surpreendido no começo com duas furadas consecutivas que resultaram no 1x0 pro Coxa, conseguiu fechar o primeiro tempo empatando em 1x1 com mais uma obra da dupla Nilmar-Taison. O erro do Coritiba foi gostar do placar de empate. No segundo tempo, cederam espaço pro Inter e tomaram 2 num intervalo curto de tempo e aí o jogo estava morto. Depois do gol do Alecsandro e da pintura que foi a jogada que resultou no gol do Andrezinho (jogando com a 5, e mais uma vez destaque) a partida deu uma esfriada. E aí, quem viu o jogo do Grêmio, como foi?

16 comentários:

  1. Assisti o jogo do Caracas e Grêmio. Acho que foi o pior jogo que assisti esse ano. Só valeu por uma das cenas mais inusitadas que já vi em partidas de futebol... logo após o gol de empate do Grêmio, os esguichos de irrigação do campo se ligaram, obrigando o juiz a interromper a partida. Foi uma cena quase tão engraçada quanto o jogador do Corinthians pegando fogo na premiação do Paulistão deste ano...

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  2. E um time deste nível tá jogando Libertadores... vergonhoso.

    Pra mim, além desse episódio lamentável e idiota, dois destaques, um negativo e um positivo:

    NEGATIVO - O gol tomado pelo Grêmio foi infantil. Sete, SETE jogadores na área e NENHUM pulou pra cabecear.

    POSITIVO - Os três gols gremistas feitos sob o comando do Autuori saíram no segundo tempo, com mudanças de posicionamento, substituições e, como nesse jogo, jogada ensaiada. Finalmente, não temos mais um técnico TEIMOSO COMO UMA MULA.

    E, infelizmente, o Inter vai ser campeão da Copa do Brasil. Não tem como evitar isso.

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  3. Ah, eu vi tb o Barcelona x Manchester. Esse time do Barcelona não existe. 4-3-3, mas parece que jogam um 5-4-4, impressionante. E o Cristiano Ronaldo, pra variar, amarelou numa final. Cocota.

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  4. Eu acho engraçado como aqui somos críticos com o nosso futebol -- tanto gremistas quanto colorados. Vemos falhas colossais nas nossas equipes, estamos sempre com pé atrás e cuidamos para não elogiar demais.

    O curioso é que o centro do país faz (ou melhor, tem feito) uma rasgação de seda afoita aos nossos clubes -- quem viu ontem o Jornal da Globo, por exemplo, tinha a impressão de que o Inter é tão fantástico quanto o Barcelona.

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  5. Bom, eles têm que elogiar o time que tá ganhando deles, né? Até pra justificar as derrotas.

    Mas sim, eu estou muito feliz com o futebol que o Inter tá jogando. Fazia tempo que eu não via um time que "joga bonito" com a frequência que esse Inter joga. É só o time estar na frente do placar que começam os passes de letra, bolas de calcanhar, sequências de um, dois, três, quatro toques de primeira. Eu não acompanho futebol europeu, então talvez isso seja mais comum lá nos aglomerados de jogadores multimilionários, mas aqui no Brasil não se vê isso tão normalmente assim.

    Mas além disso esse time tem outra propriedade que me deixa mais confiante: a defesa consegue segurar o placar mesmo quando o time tá mal/desentrosado (vide Inter x Goiás) ou quando o jogo tá duro (vide Flamengo x Inter).

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  6. Divertido no Jornal da Globo foi ver o Andreas Kisser, são paulino, avacalhando o Corinthians...

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  7. Assisti ao jogo do Inter ontem, no Beira-rio.
    A torcida tá dando um belo espetáculo: Logo após tomar o gol a gente via o inconformismo do time do Inter, de cabeça baixa. Imediatamente a Popular já puxou os cantos! Me pus no lugar dos jogadores, que deveriam estar ouvindo aquela voz: "Vamos reverter, confiamos em vocês!" Isso também aconteceu no jogo contra o Flamengo, e, na minha opinião, foi o apoio decisivo.

    E a gafe do século? Antes do começo do jogo, uma mulher que estava puxando umas coreografias para a torcida, grita "Vamos lá, torcida tricolor!"
    Essa mulher tomou MUITA vaia, tendo que sair de campo.

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  8. Uma coisa interessante sobre a torcida do Inter é que ela sofre uma espécie de "complexo de vira-lata" (não assumido, lógico) em relação à torcida do Grêmio - sabidamente a mais aguerrida e cativante dentro dos estádios do país. Ocorre que torcida colorada é muito mais presente e empolgada do que a maioria das torcidas dos "grandes" do centro do país (como Palmeiras e Botafogo, por exemplo).

    E é verdade, o futebol do Inter dá gosto de ver e, o que é melhor, cumpre a tradição do futebol colorado: vistoso e de excelência técnica, mas também aguerrido e sólido. E time que se relaciona com o passado do clube ganha campeonato.

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  9. Mas afinal isso é parte do arquétipo, não? Nós somos os "vira-latas, o povão", e eles "a elite, os esnobes que falam alto e botam banca". ;) Se é a mais aguerrida eu não sei, mas com certeza é cativante em função dos espetáculos Argentina-like que proporcionam (e que sempre saem na TV em rede nacional na apresentação dos gols da rodada). Acho válido e tal, mas eu pessoalmente acho que não me sentiria confortável com essa crise de identidade gaúcho-castelhana... os gremistas acho que podem falar melhor sobre como é isso pra eles. :-)

    Mas falando em show da torcida no estádio, faça-se justiça: as torcidas cariocas recentemente importaram o lance de desenhar letreiros no estádio a-la torcidas americanas/Ursinho Misha de Moscou 80 e isso é algo que eu sempre quis ver ser feito ao vivo!

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  10. Bom, falando de torcidas. Apesar de a torcida do Grêmio ter a identidade "gaucho-castelhana" como colocado pelo Hisham, tem uma coisa que inegavelmente este comportamento contribuiu para o futebol gaucho. Qdo o Gremio participou da segunda divisão, essa torcida NUNCA vaiou os jogadores, tradição que se perdura até hoje. Pelo menos nos jogos que eu fui, sempre que surgia qualquer vestigio de vaia, em seguida era reprimido por um canto muito mais alto e enpolgante.

    E voltando, a tal identidade já nao é tão forte assim, salvo a avalanche. Mas a crítica essa à torcida tricolor, vem de encontro ao fato de antes da torcida do Gremio, as torcidas nacionais nao terem "músicas" inteiras como gritos de estádio, que hoje é utilizado pelo Brasil inteiro (a torcida do Vasco canta bebendo vinho), inclusive pela do Inter (brasilia amarela por exemplo).

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  11. Por favor, não entremos nesta discussão chata de "quem começou com tendência de torcidas", quem começou a cantar isso, ou aquilo. Alguém vai ter feito muito antes, sempre.

    Quanto à "castelhanice" do Grêmio -- me corrijam se eu estiver equivocado -- foi um traço adquirido nos anos 80, graças à disputa de Libertadores e ao contato com os times e torcidas platinos. Ou seja, não é um traço antigo da cultura do clube, é algo muito recente -- uma "tradição inventada" (isso dava um novo post...), mas que encontrou abrigo.

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  12. PS - muito bom o título desta seção do blog, hehehe!

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  13. Não é muito mais recente, tipo anos 2000? Nem nos tempos da era Felipão eu lembro disso. A minha impressão é de que foi uma tentativa de reforçar a identificação com os tempos que o Grêmio jogava partidas internacionais direto (tempos da "Supercopa dos Campeões da América" e afins), contrastando com o Inter, que ficou um bom tempo de fora desse meio (1994 a 2005).

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  14. Eu acho que vem dos anos 80 mesmo. Dos anos 90 começou a ideia da "imortalidade tricolor".

    Eu, particularmente, gosto do Inter ter a tradição do fetubol vistiso e bem jogado desde os anos 1940.

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  15. Interessante foi o comentário do Luxemburgo essa semana, contra a torcida do palmeiras : algo como "pô, desde do começo do jogo a torcida fica cantando música dos ´banabas assassinas'." Sabe-se também que ele paga um boquetão há tempos pra torcida do grêmio. Quer dizer, ele baba pras toridas gaúchas. Moser

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  16. Sim, nesta mesma entrevista ele cita o Beira-Rio como exemplo de "caldeirão".

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