sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A volta do Metallica

O Metallica de verdade, que tocou pela primeira vez em POA em 2010

Ontem, no show do Metallica, uma de minhas teorias se confirmou: realmente, a banda acabou depois do Black Album e foi reformada ano passado, com o lançamento do Death Magnetic.

Pra quem insistia em me contradizer, dizendo que o Metallica continuava na ativa, ontem tive a prova: James Hetfield anunciava que ontem era o primeiro show do Metallica em Porto Alegre!

É claro que alguns fãs ficaram confusos, especialmente porque há 11 anos atrás tocou aqui outra banda com o mesmo nome (e há quem diga, praticamente os mesmos integrantes, mas há controvérsias).

Os canastrões do outro "Metallica", que vieram pra cá
em 1999 e tomaram uma aula de metal do Sepultura


Mas enfim o verdadeiro Metallica voltou e fez a alegria de seus fãs, tocando músicas dos seus 6 álbuns (Kill 'Em All, Ride The Lightning, Master of Puppets, ...And Justice For All, Metallica (o "Black Album") e Death Magnetic), além de duas covers: "Die, die my darling" do Misfits, e "The Memory Remains", uma música legal de alguma banda que eu não conheço.

No mais, o show foi excelente. James Hetfield simpático e falando aquele inglês-devagar-pra-todo-mundo-entender, marca de um frontman experiente; Kirk Hammett fazendo os seus esperados solos de wah-wah tocando com suas ESPs pintadas com cartazes de filmes de terror; Robert Trujillo empolgadíssimo como sempre, e já tem o meu voto para ser adicionado como personagem no próximo Street Fighter (já tem até o especial!); e o velho Lars Ulrich se matando pra tocar as baterias que deixaram o mundo do som pesado boquiaberto quando ele as gravou quando era guri... esses anos de parada do Metallica devem ter deixado ele destreinado!

Pessoalmente eu gostaria de ter ouvido mais alguma do ...And Justice For All -- só tocaram "One" e testaram o público com a intro de "The Frayed Ends of Sanity" mas infelizmente a maioria não soube acompanhar o canto viking -- mas pelo esforço que já foi pro Lars tocar "One", achei melhor ser compreensivo e achar o suficiente. O Justice é daqueles discos que as bandas gravam no auge da habilidade e que depois se tornam uma pedra no sapato pra tocar ao vivo (mas isso é assunto para um outro post, outro dia). De qualquer forma, estou feliz de ter visto o show de uma das bandas mais relevantes pra minha formação musical. Só por isso, a volta do Metallica depois de quase 20 anos de inatividade já valeu a pena pra mim.

4 comentários:

  1. Escuta o Reload. Não é um clássico, mas minimizou a porcaria que é o load.
    Abração!
    ps.:o James tá muito engraçado nessa foto de 99

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  2. Adorei o momento da One no show e acho das melhores no ..And Justice for All, mas mantenho minha opinião que o virtuosismo desse álbum é quase proporcional a sua chatice e tratamento muito grosso da mixagem (cadê o baixo? Bom, nem é lá muuuito importante mesmo, mas só pra constar). Trash sim, mas fazer ruim de propósito não, né Metallica?

    Concordo com a James quando ele falou que ao fazer o ...And Justice For All eles tavam tentando provar algo pras pessoas por eles terem adquirido grande fama sendo muito jovens. E por isso mesmo, exageraram.

    De resto, concordo quase plenamente com o Hisham. É o Metallica de volta à ativa desde sua "parada" depois do Black Album. Gosto do Load e Reload, mas não é lá essas coisas mesmo. No mínimo extranho, até um tanto forçado, mas vá lá. Ruim mesmo é o St. Anger, não acham?

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