segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Quando os clichês de jornalismo esportivo passam dos limites

Ontem à noite estava entre amigos comendo um xis e na TV passavam os gols da rodada. Vendo o comentário do Maurício Saraiva, brinquei que seria relativamente fácil programar um "gerador de comentários do Maurício Saraiva", alimentando ao programa as estatísticas da partida: gols com os tempos e autores ("Já aos ___ minutos, o ____ abriu o placar logo de cara com um belo gol de _____"), tempo de posse de bola ("Mesmo dominando o jogo no primeiro tempo, o _____ não conseguiu marcar"), estatísticas dos jogadores como roubadas de bola ("O destaque individual foi ______, cuja presença no setor _______ foi o diferencial de qualidade do time") e assim por diante.

Realmente, ainda mais agora depois dessa experiência de escrever os posts "Mesa redonda bola quadrada" aqui no blog, fica evidente que escrever toda rodada (ou todo dia, no caso dos profissionais) a respeito de uma coisa que é, na real, sempre mais ou menos igual, é um exercício de criatividade ingrato. É difícil não cair nos clichês, ou pior ainda, não acabar virando uma máquina de geração deles.

Hoje de manhã, curiosamente, o Jean me passou por email um link de uma notícia divertida, relacionada tanto a tecnologia como a futebol, dois de nossos assuntos prediletos: Robôs se enfrentam em jogo de futebol na Campus Party México. O mais curioso da notícia, porém, foi o descuido na aplicação dos clichês esportivos: (minha ênfase)
A partida seguiu o regulamento internacional da modalidade, que estipula dois tempos de 10 minutos. Os robôs de Monterrey levaram o gol contra no primeiro tempo e não conseguiram reverter o placar. No segundo tempo, os robôs pareciam cansados e não houve nenhuma situação de perigo, permitindo que os robôs da La Salle mantivessem o placar e conquistassem o campeonato.
Texto digno do Auto-Saraiva-Generator. :)

5 comentários:

  1. Um banco de dados + prolog = Um Saraiva automatizado e mais barato.

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  2. Eu sempre soube que o Saraiva era uma farsa ;)

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  3. ... os saraivas computadores os saraivas ...

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  4. Isso me faz lembrar dos meus gloriosos dias de repórter policial em Montenegro, onde eu tinha que inventar maneiras novas de noticias arrombamentos, assaltos e abigeato.

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