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sábado, 19 de setembro de 2009

Semana Farroupilha: hora de pararmos de olhar pro próprio umbigo?




Post rápido, direto do plantão no trabalho: vocês viram a polêmica do paulista que mora em São Borja e resolveu reagir à xenofobia gaudéria contra os habitantes oriundos de São Paulo? Leiam o texto dele aqui.


Alguns pontos opinativos de minha parte:


1 - Não tenho como opinar sobre as churrascarias paulistas e paulistanas, mas concordo com ele que se come MUITA carne "quebra-dente" aqui no Estado;


2 - Não adianta negar: o gaúcho, em geral é contra tudo e todos que não são daqui, especialmente paulistas (recalque dos brabos, na minha opinião). E, na grande maioria das vezes, a implicância é gratuita;


3 - Infelizmente, tive a oportunidade de visitar outros Estados poucas vezes: Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo, apenas. Em todos os três, fui muito bem tratado, por vezes até de maneira diferenciada, apesar da nossa histórica implicância com os habitantes DOS TRÊS ESTADOS CITADOS. Em São Paulo, principalmente, vi um povo extremamente solícito, educado e hospitaleiro.


4 - Esse cara praticamente assinou uma sentença de morte. No mínimo, uma extradição forçada.


E aí, o que acham dessa história?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O Factóide das Bananas: notícia essencial ou falta de pauta?


Alguém aí está sabendo da nova preocupação nacional, de caráter absolutamente urgente? Não??? Seus desinformados!!! Não acredito que não saibam deste evento quase cósmico: agora, banana tem que ser vendida a quilo em São Paulo.

Notícia de tamanho peso (sem trocadilhos, eu juro) tem mesmo que ser comentada: ontem, quarta-feira, entrou em vigor uma lei que "determina regras de comercialização" para a banana no estado de São Paulo. A partir de agora, os feirantes não poderão vender a fruta por dúzia, como faziam antes. Precisam cobrá-la por quilo, sob risco de pesadas multas.

Desde ontem, uma série de reportagens da Rede Globo têm enfatizado o quanto que feirantes e consumidores perdem com a vigência desta lei (quem ganha são os temíveis latifundiários bananeiros). Nos telejornais da emissora e até mesmo no Mais Você vemos um revezamento de repórteres dando conta da notícia, fazendo comparações de quanto vai passar a custar o cacho e a penca. Parece que a emissora está entrando numa guerra justa pelo sacrossanto direito de se obter bananas mais baratas.

Isto, amigos, é uma das formas de expressão daquilo que chamamos de factóide: neste caso aqui, um fato trivial que se transforma em grande notícia ou comoção popular -- cujo melhor caso recente foi o chá de sumiço de Belchior, transmutado em drama nacional.

Bem, por que interessa ao país a nova legislação para bananas de um único estado para justificar este alarde? Nem comentemos o ridículo que é o ato em si de legislar sobre bananas (pior que isso, só deputado querendo legislar o churrasco), mas fiquemos no motivo da notícia: por que diabos isso seria importante? Falta notícia? Será mesmo algo essencial? Os adeptos das conspirações globais dirão que é mais um elemento no grande plano de alienação nacional (hum, não teriam razão?). E os solistas desafinados, o que pensam desta bananada toda?

Posfácio: e claro que, como toda boa lei brasileira, ela provavelmente virará letra morta em pouco tempo.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Acompanhando (e comparando) notícias pelo Twitter

De uns tempos pra cá o Twitter virou minha fonte principal de notícias. Sigo no Twitter alguns órgãos de imprensa nacionais e internacionais:
Às vezes é difícil escolher que contas de notícia seguir. Um problema comum é que muitas postam coisas demais que tomam a timeline. Felizmente, CNN e BBC têm contas especiais de "breaking news" que só postam as principais manchetes, além das contas normais com todas as notícias. Seria bom se todos os órgãos de imprensa tivessem isso!

Acompanhando notícias dessa forma, uma das coisas mais legais (e importantes!) é comparar as diferentes abordagens sobre os assuntos. Hoje apareceram três twits consecutivos de diferentes órgãos de imprensa sobre a mesma notícia:

@ajbreakingnews: Myanmar court finds Aung San Suu Kyi guilty of violating security law.

@bbcbreaking: Burma's pro-democracy leader Aung San Suu Kyi found guilty of violating secuirty law and sentenced to 18 more mo.. http://www.bbc.co.uk/news

@cnnbrk: Myanmar opposition leader Aung San Suu Kyi sentenced to 18 months of house arrest http://bit.ly/190vQT #Myanmar #Burma

A primeira diferença óbvia é o nome do país. Esta é uma questão bem delicada: não há como dar a notícia sem tomar um posicionamento. A BBC chama o país de Burma (Birmânia, mesmo nome usado nos tempos de colonialismo britânico), que é a posição oficial do Reino Unido. Os outros dois chamam de Myanmar (Mianmar), que é o nome adotado oficialmente pelo governo ditatorial que controla o país, reconhecido pelas Nações Unidas. É interessante notar que, apesar do governo americano rejeitar o nome Myanmar, a CNN segue a posição da ONU.

A BBC, aliás, é a que mais explicitamente expõe sua posição política na manchete, chamando Aung San Suu Kyi de "pro-democracy leader" enquanto a CNN usa "opposition leader". Isso é uma coisa que eu gosto na imprensa inglesa -- de maneira geral eles não fazem o teatrinho da imparcialidade. Se quer a visão de esquerda, lê o Guardian; se quer a visão liberal, lê o Independent; se quer a visão de direita, lê o Times; se quer se alienar, lê o Sun; se quiser se alienar mesmo, lê o News of the World (curiosamente, os dois últimos são do Rupert Murdoch, dono da Fox News nos EUA). Mas pelo menos isso é explícito, então a pessoa pelo menos tem que tomar ciência do seu próprio posicionamento ao escolher o jornal, além de ter a opção de ler mais de um pra ter uma visão mais ampla do espectro político.

Dos três twits, só a CNN postou um link para a notícia completa e foram os melhores na forma de usar o espaço. Vale notar que o @cnnbrk foi criado por um usuário autônomo não ligado à CNN a partir do RSS do canal. Ele já era a conta mais seguida do Twitter quando o Ashton Kutcher resolveu iniciar uma competição pra ver quem chegaria a 1 milhão de followers primeiro em abril passado, o que gerou um fuzuê na mídia americana. Como o Termo de Serviço do Twitter proíbe revender contas, a CNN resolveu contratar o criador do @cnnbrk e agora eles têm um "twitador oficial".