quarta-feira, 29 de julho de 2009

Lima e Chimbote, Peru – 13 a 18 de julho de 2009



A ida: Lá estava eu na segunda-feira, acordando cedíssimo. Vôo para Buenos Aires, para depois trocar de companhia aérea e ir para Lima. Ao contrário do que parece, não há muita preocupação com a Gripe A. Alguns usam máscaras, é verdade, mas são poucos. E o máximo que as autoridades estão fazendo é pedir pra preencher um formulário te perguntando se tu estás com os sintomas. Não estava previsto, mas no vôo para Lima acabamos pousando em Mendoza, apenas para abastecer. Pena que não deu pra descer para comprar uns vinhos...

Lima, a capital: Chegando em Lima, fiquei em um hotel junto ao aeroporto. Ganhei um drink de cortesia, o famoso “Pisco Sour”, que é uma mistura de Pisco (é um destilado de uva, tipo grapa) com limão e clara de ovo.

Chimbote: Mas eu fiquei em Lima apenas por uma noite. Pois no outro dia tinha que acordar às 3h da manhã para pegar o vôo para Trujillo, que fica a 600km ao norte. E lá, depois de descer em um aeroporto caótico onde tem uns 37 caras te oferecendo serviços de táxi, pegamos o carro da empresa que nos levou a uns 150km ao sul, para a cidade de Chimbote. Uma coisa que predomina na cidade é o cheiro de carniça de peixe em alguns momentos do dia. O que atrai uma porção de urubus (foto ao lado). Ficamos dois dias em uma casa de hospedagem da empresa, que era muito confortável – e como todos os viajantes ficam na mesma casa, encontrando-se na sala de estar e jantar, acaba sendo muito mais aconchegante que um hotel.


Infraestrutural: Mais do que em Bogotá, nas zonas mais humildes das cidades do Peru o que se vê muito são obras inacabadas. Dizem que é muito difícil para se obter financiamento imobiliário, então as pessoas vão construindo as casas aos poucos. Se vê muito casas quadradas, algumas com até 5 andares, mas sem nenhum acabamento. E o último andar sem teto. E o trânsito é uma loucura. É buzina toda a hora. Ao perguntar de quem era a preferencial nas ruas e nas rotatórias, apenas me respondiam: “É de quem se enfiar primeiro!” Tem também alguns táxis que são como umas “diligências” montadas em cima de motos.

Aspectos Geografísticos: Quando o avião anuncia que vai pousar em Lima, eu estranhei, pois durante um bom tempo só vi nuvens. De uma hora para outra, o aeroporto surge do nada. E pela primeira vez na vida vi o mar do Pacífico. Pena que já era noite. Terremotos são bem comuns. Tanto que quando eu disse que nunca tinha passado por um, eles estranharam...

Gastronomia: Tudo de bom. A comida lá é muito boa. Legumes, frutas, carnes, e principalmente frutos do mar. Tudo fresquinho, com cores ricas. E um refrigerante típico, a Inca Kola, que tem um gosto de tutti-fruti.

A universidade de San Martin de Porres: Vocês imaginem o que ensinam lá!

O que fui fazer lá: a mesma coisa que fiz em Bogotá: implantação de sistemas que apóiam a alocação da produção. Mas o caso do Peru é bem diferente, pois eles têm toda a produção concentrada numa planta única, em Chimbote. Mesmo assim, eles possuem diversas máquinas e é aí que o sistema os ajuda. Além de apoiar na implantação, a gente acaba reorganizando o processo deles, pois até há pouco tempo as pessoas conviviam com muita repressão. E muitas vezes elas têm dificuldades em falar abertamente.

No mais... foi uma indiada. Muitas horas de viagem, e não consegui conhecer os pontos turísticos. Mas a experiência foi muito boa, e as pessoas lá são muito legais também. Além disso, sem problemas com bagagem... com exceção da...

A volta: também por Buenos Aires. Não pude deixar de comprar dois potes de doce de leite da Havanna. E ao chegar no aeroporto de Porto Alegre, me fizeram passar pelo raio-x. O cara viu meus potes e mandou eu falar com a Vigilância agropecuária. A primeira coisa que o cara fez foi me mostrar uma lata de lixo com potes de doce de leite rompidos e cheios. Tomei um mijão do cara, pedi desculpas, e felizmente ele me disse que eu “estava com sorte” e me deixou ir com os potes, e me deu um gibi da Mônica que conta uma divertida história em que a Magali vai para a Europa, e volta cheia de comida na mala. Não preciso dizer que os vigilantes se horrorizam e dão um mijão nela também.

12 comentários:

  1. Rapaz, Inca Kola é um troço horrível...

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  2. Já ouvi falar bem desse negócio. Pra mim ele tem o mesmo ar que o famoso Quatro, refrigerante de Pomelo muito apreciado no Uruguay e na Argentina. Eu imagino que Pomelo seja como a Lima aqui no Brasil, mas nunca tirei a prova real.

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  3. Não tinha Fanta Pêssego? só a cor do refrigerante já embrulha o estômago...

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  4. Bah, pior que eu ia fazer a mesma observação... só de olhar a cor, não dá vontade de tomar.

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  5. Jean, quem foi o sacana que te falou bem da Inca Kola? Aposto que o sabor daquela droga nada tem a ver com os refris de pomelo!

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  6. "A universidade de San Martin de Porres: Vocês imaginem o que ensinam lá!"

    É onde o Jeremias tirou diploma.

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  7. Quanto ao tópico da Gripe A citado pelo Gustavo, acabei de ficar sabendo que a Unisinos está adiando a volta às aulas por causa disso.

    Será que 15 dias fazem diferença?

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  8. Uns antigos colegas de trabalho que me falaram da tal Inca Kola. Disseram que até que era bom. E eu não disse que era parecido com Pomelo, só disse que ambos tem o mesmo, digamos, folclore ;) Até porque já tomei Pomelo (e gostei), mas a tal Inca ainda não.

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  9. Ah, ok. É que a Inca é de Tutti-frutti -- o que, por definição, é um sabor pavoroso. :D

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  10. A Inca Kola não é tão ruim assim. Mas é enjoativo, bem doce.

    Meu cunhado voltou de Buenos Aires e trouxe um refri de pomelo. Uma hora eu posto uma foto de uma lata de "Fanta Pomelo", que eu trouxe de Portugal.

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  11. Que isso gente se o tal do Inca fosse tão ruim assim a Coca Cola não teria comprado... más eu odiei!!!!!!kkkk.... alguem conheceu 3cabeças?kkk

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