quinta-feira, 4 de junho de 2009

Vintage ou Moderno?


O título deste post acredito ser bastante abrangente, pois o termo "vintage" pode ser empregado em diversos contextos: vinhos, vestuário, etc.... Tão abrangente que de maneira indireta, pode-se dizer que já foi discutido neste blog duas vezes: Vinil x CD e sobre a versao do Let It Be (Vintage = Phil Spector e Moderna = McCartney).

O dicionario diz que "vintage" nada mais é que uma safra excepcional de determinado ano, um clássico, ou simplesmente antigo.

Como minha ideia para este post é relacionar o vintage a instrumentos musicais lanço a pergunta: O vintage eh realmente melhor que o moderno?

Ateh que ponto é justificavel o investimento de dezenas de milhares de dólares na compra de uma guitarra de mil novecentos e guarana-com-rolha enquanto com 1/5 do valor pode-se comprar um instrumento custom shop que promete recriar o som do instrumento original?

No caso das guitarras, existem fatores físicos que poderiam explicar a singularidade de um instrumento antigo, como o ressecamento da madeira, que faz com que os veios da seiva sejam solidificados, aumentando a ressonância do corpo, e na parte da captação, onde o campo magnético dos pickups sofre uma degradação com o passar dos anos, fator que segundo os admiradores deste tipo de instrumento alegam oferecer um som único. Mas não deixa de ser o "mesmo" instrumento... guitarra é guitarra. A LP ou a Strat de 50 anos atrás é igual à que vemos nas lojas hoje em dia.

Já no caso dos amplificadores, pode-se dizer que houve uma revolução: válvulas foram substituídas por transistores, retificadoras por diodos, os drivers não são mais os mesmos, efeitos, potências, dimensões, peso, etc, etc, etc... foi da água para o vinho com o passar dos anos. Os modelos vintage de amp e guita estao disponíveis no mercado e até existem boutiques especializadas neste tipo de instrumento, oferecendo exemplares originais de época e reissues, obviamente por um valor elevado ao padrão de mercado.

Sei que neste fórum existem admiradores destas duas escolas... vamos debater!!!

18 comentários:

  1. Nao podemos esquecer ainda a grande rivalidade do analogico x digital, que resulta em outra briga de cachorro grande!

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  2. Porque tu tinha q colocar o dedo na ferida???
    E tu sempre coloca a cachorro grande na historia, incrivel!!!! hdauheuaheuah

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  3. A sim, só para constar. Não pago rios de dinheiro por uma guita velha. Compro uma nova mais barata. E quem me conhece q nem as orginais eu compro, acabo sempre optando pelas "genéricas". E com relação aos valvulados, acho que inclusive esses evoluíram, e na minha opinião estão mais versáteis que os pré históricos. Hora dessas coloco um post da diferença entre transistorizados e valvulados.

    E isso aqui já tá muito grande, em outro post falamos dos analogicos x digitais.

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  4. Vai arrumar os acentos barolho!!

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Poutz... o Jean ta certo, a Cachorro Grande sempre entra na historia! hehehe... e por falar nos caras, deem uma olhada nesse link: http://www.youtube.com/watch?v=SYtuYPHf3j8
    CG e Samuel Rosa tocando I saw her standing there e Helter Skelter na abertura do show do Oasis no Rio. Quebradeira!

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  7. Eles já tinham feito esta parceria em 2006, no VMB:

    http://www.youtube.com/watch?v=N9sygq6k9e4

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  8. Eu vi a CG tocar Helter Skelter ao vivo no gigantinho!!! hauehaueheau

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  9. Eu acho eles simpáticos... aheuaehuaeh

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  10. Este comentário foi removido pelo autor.

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  11. O Hisham acabou de postar exatamente o que eu penso sobre o assunto.

    Ainda acho que, sim, a guitarra faz diferença. Mas é mais a construção dela do que qualquer outra coisa. Isso vai influir na regulagem dela, na maneira como vai acontecer a interação entre os componentes, e por aí vai. Lógico que uma boa madeira influi nisso. Mas vamos ser sinceros: comprando uma guitarra mais ou menos, e fazendo um up grade na parte elétrica e tal, não soa praticamente igual a uma top de lilnha? Ou ainda: uma guita feita em luthier, sob medida, com as especificações que tu quiser, vai custar a metade do preço ou até menos do que uma equivalente de marca, e vai soar tão bem ou até melhor do que a que tem "pedigree". Isso é fato.

    Ao meu ver, o négocio do vintage é muito mais um fetiche do que qualquer outra coisa. O cidadão vai tocar de maneira diferente só pelo fato de estar empunhando um instrumento vintage (lembrem-se: o Jeff Beck, o Van Halen, o Eric Clapton, todos eles vão soar como eles próprios em qualquer tipo de guitarra e equipo. O som está nas MÃOS do cara. Um equipamento bom auxilia na equação, mas não resolve o problema todo). Se esse efeito psicológico fosse deixado de lado, o mesmo cara que toca de maneira apaixonada numa Fender Stratocaster 62' iria tocar igualmente bem numa Squier 2004, e o som seria praticamente o mesmo.

    BAROLHO, NÃO ME MATE, POR FAVOR.

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  12. Nao vou matar ninguem, bem pelo contrario, fecho com vcs em varios pontos, apesar de curtir pracarai esse lance do vintage.
    A questao de Clapton soar Clapton eh obvia, mas ai eh uma questao a parte. Gilmour sera Gilmour tocando com qualquer toco. Barolho (strateiro) tocando com Les Paul sera Barolho... acredito eu! :)

    Concordo plenamente com a historia de que nao sera a madeira VELHA que fara a diferenca no resultado final. A Number One do SRV, talvez uma das mais famosas stratos de todos os tempos, tinha um (grande) enxerto na regiao da ponte, e uma carreira inteira foi feita com a mesma guita, juntamente com TODO o resto dos equipos que o tarado usava. Esta soma de fatores criava o famoso SRV tone.

    Outro fato eh que depende do tipo de som que o cara faz. Se eh exigido um som limpo descente, nao sera com uma guita com corpo de compensado e captadores de ferrite que o som sera alcancado. Mas uma boa guitarra com madeira de verdade (alder=cedro ou mahogany=mogno) e pickups de alnico darao conta do recado. Se fores tocar punk, estas configuracoes podem ser descartadas. :)

    Outra... de que adianta o cara mover todo um equipo para fazer a gig se tudo sera microfonado com mics de videoke? Isto ja aconteceu comigo e talvez com vcs tb... alguem notou? Provavelmente somente seus amigos musicos souberam distinguir a diferenca entre o som da matriz e o som projetado pelos PAs.

    Tenho uma boa guita, e tenho a consciencia de que poderia alcancar um resultado muito semelhante (e pq nao melhor) com um instrumento generico. A aquisicao foi questao de oportunidade. Nunca pagaria por ela o que o mercado pede pois acredito que nao valha tanto. Mesmo sendo "top", fiz alteracoes nos pickups para tirar um som mais-a-minha-cara... e basta! Tah pronto!
    Mesmo sendo um sonho de consumo, ouvi um sujeito (Solon Fishbone) chama-la de guitarra Coca-Cola. Caguei mole pro comentario, mas nunca esqueci...

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  13. "Guitarra Coca-Cola"... um dia esse cara vai estar copiando os lascados dela a partir de fotografia pra fazer réplica dela pra cliente... aí eu quero ver o que ele vai falar!

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  14. Se a TUA guitarra é Coca-Cola, a minha é uma Fruki.

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  15. Como grande admirador do Brian Setzer que sou posso acrecentar algumas coisas. Esse cara é outro "doente" de equipamentos vintage e não abre mão das Gretch's 6120 1959 laranja que usa e amps Fender Bassman 64 que "segundo ele" é o som mais perfeito que existe para o rockabilly porém quando ele muda para as Gretch's signatures modernas ou até mesmo tucando numa Danelectro guita-baixo que ele usa o timbre permanece exatamente o mesmo sendo impossível para mim, reles mortal, notar alguma diferença. Ainda acredito que o diferencial é a pecinha que fica atrás da guita.

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  16. Posso morrer queimado na fogueira por tal heresia, mas vamos lá.

    Acho que preocupação com som timbre e tudo mais é uma ocupação e um prazer bastante particular pros grandes astros, que tem tempo e grana pra ficar pesquisando, indo pra estúdio experimentar. Mas, sinceramente, acho que isso é algo que vale muito para o estúdio, para gravação.

    Na coisa "live", sinceramente, versões mais recentes das guitas, com pedais e tudo mais, chegam tão próximo dos originais que o detalhe acaba se dispersando com o entorno. Galera gritando, nuances de P.A., etc... sacam?

    Aqui que vem meu lado herege (diretamente ligado com a veia publicitária): se o lance é impactar público, a questão estética pode pesar muito mais do que a construção ou a idade do intrumento em si. Vide alguns dos grandes como Steve Lukather, que ainda grava com a LP dos anos 50 e com Strato e tex mex, mas ao vivo pinta só com sua MusicMan Luke, que produz timbres bem parecidos com os das outras guitas, é cheia de recursos e estéticamente tem um apelo bem mais modernoso e tal...

    Por aí...

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  17. Ao vivo o Lukather só pinta com a sua MusicMan Luke porque ele quer convencer os fãs dele a comprá-las, já que ele não tira nenhum se eles comprarem LPs e Stratos... ;-)

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