quinta-feira, 4 de junho de 2009
Vintage ou Moderno?
Postado por
Tiago "Barolho"
às
11:59
O título deste post acredito ser bastante abrangente, pois o termo "vintage" pode ser empregado em diversos contextos: vinhos, vestuário, etc.... Tão abrangente que de maneira indireta, pode-se dizer que já foi discutido neste blog duas vezes: Vinil x CD e sobre a versao do Let It Be (Vintage = Phil Spector e Moderna = McCartney).
O dicionario diz que "vintage" nada mais é que uma safra excepcional de determinado ano, um clássico, ou simplesmente antigo.
Como minha ideia para este post é relacionar o vintage a instrumentos musicais lanço a pergunta: O vintage eh realmente melhor que o moderno?
Ateh que ponto é justificavel o investimento de dezenas de milhares de dólares na compra de uma guitarra de mil novecentos e guarana-com-rolha enquanto com 1/5 do valor pode-se comprar um instrumento custom shop que promete recriar o som do instrumento original?
No caso das guitarras, existem fatores físicos que poderiam explicar a singularidade de um instrumento antigo, como o ressecamento da madeira, que faz com que os veios da seiva sejam solidificados, aumentando a ressonância do corpo, e na parte da captação, onde o campo magnético dos pickups sofre uma degradação com o passar dos anos, fator que segundo os admiradores deste tipo de instrumento alegam oferecer um som único. Mas não deixa de ser o "mesmo" instrumento... guitarra é guitarra. A LP ou a Strat de 50 anos atrás é igual à que vemos nas lojas hoje em dia.
Já no caso dos amplificadores, pode-se dizer que houve uma revolução: válvulas foram substituídas por transistores, retificadoras por diodos, os drivers não são mais os mesmos, efeitos, potências, dimensões, peso, etc, etc, etc... foi da água para o vinho com o passar dos anos. Os modelos vintage de amp e guita estao disponíveis no mercado e até existem boutiques especializadas neste tipo de instrumento, oferecendo exemplares originais de época e reissues, obviamente por um valor elevado ao padrão de mercado.
Sei que neste fórum existem admiradores destas duas escolas... vamos debater!!!
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Nao podemos esquecer ainda a grande rivalidade do analogico x digital, que resulta em outra briga de cachorro grande!
ResponderExcluirPorque tu tinha q colocar o dedo na ferida???
ResponderExcluirE tu sempre coloca a cachorro grande na historia, incrivel!!!! hdauheuaheuah
A sim, só para constar. Não pago rios de dinheiro por uma guita velha. Compro uma nova mais barata. E quem me conhece q nem as orginais eu compro, acabo sempre optando pelas "genéricas". E com relação aos valvulados, acho que inclusive esses evoluíram, e na minha opinião estão mais versáteis que os pré históricos. Hora dessas coloco um post da diferença entre transistorizados e valvulados.
ResponderExcluirE isso aqui já tá muito grande, em outro post falamos dos analogicos x digitais.
Vai arrumar os acentos barolho!!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPoutz... o Jean ta certo, a Cachorro Grande sempre entra na historia! hehehe... e por falar nos caras, deem uma olhada nesse link: http://www.youtube.com/watch?v=SYtuYPHf3j8
ResponderExcluirCG e Samuel Rosa tocando I saw her standing there e Helter Skelter na abertura do show do Oasis no Rio. Quebradeira!
Eles já tinham feito esta parceria em 2006, no VMB:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=N9sygq6k9e4
Eu vi a CG tocar Helter Skelter ao vivo no gigantinho!!! hauehaueheau
ResponderExcluirEu ODEIO a Cachorro Grande.
ResponderExcluirEu acho eles simpáticos... aheuaehuaeh
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO Hisham acabou de postar exatamente o que eu penso sobre o assunto.
ResponderExcluirAinda acho que, sim, a guitarra faz diferença. Mas é mais a construção dela do que qualquer outra coisa. Isso vai influir na regulagem dela, na maneira como vai acontecer a interação entre os componentes, e por aí vai. Lógico que uma boa madeira influi nisso. Mas vamos ser sinceros: comprando uma guitarra mais ou menos, e fazendo um up grade na parte elétrica e tal, não soa praticamente igual a uma top de lilnha? Ou ainda: uma guita feita em luthier, sob medida, com as especificações que tu quiser, vai custar a metade do preço ou até menos do que uma equivalente de marca, e vai soar tão bem ou até melhor do que a que tem "pedigree". Isso é fato.
Ao meu ver, o négocio do vintage é muito mais um fetiche do que qualquer outra coisa. O cidadão vai tocar de maneira diferente só pelo fato de estar empunhando um instrumento vintage (lembrem-se: o Jeff Beck, o Van Halen, o Eric Clapton, todos eles vão soar como eles próprios em qualquer tipo de guitarra e equipo. O som está nas MÃOS do cara. Um equipamento bom auxilia na equação, mas não resolve o problema todo). Se esse efeito psicológico fosse deixado de lado, o mesmo cara que toca de maneira apaixonada numa Fender Stratocaster 62' iria tocar igualmente bem numa Squier 2004, e o som seria praticamente o mesmo.
BAROLHO, NÃO ME MATE, POR FAVOR.
Nao vou matar ninguem, bem pelo contrario, fecho com vcs em varios pontos, apesar de curtir pracarai esse lance do vintage.
ResponderExcluirA questao de Clapton soar Clapton eh obvia, mas ai eh uma questao a parte. Gilmour sera Gilmour tocando com qualquer toco. Barolho (strateiro) tocando com Les Paul sera Barolho... acredito eu! :)
Concordo plenamente com a historia de que nao sera a madeira VELHA que fara a diferenca no resultado final. A Number One do SRV, talvez uma das mais famosas stratos de todos os tempos, tinha um (grande) enxerto na regiao da ponte, e uma carreira inteira foi feita com a mesma guita, juntamente com TODO o resto dos equipos que o tarado usava. Esta soma de fatores criava o famoso SRV tone.
Outro fato eh que depende do tipo de som que o cara faz. Se eh exigido um som limpo descente, nao sera com uma guita com corpo de compensado e captadores de ferrite que o som sera alcancado. Mas uma boa guitarra com madeira de verdade (alder=cedro ou mahogany=mogno) e pickups de alnico darao conta do recado. Se fores tocar punk, estas configuracoes podem ser descartadas. :)
Outra... de que adianta o cara mover todo um equipo para fazer a gig se tudo sera microfonado com mics de videoke? Isto ja aconteceu comigo e talvez com vcs tb... alguem notou? Provavelmente somente seus amigos musicos souberam distinguir a diferenca entre o som da matriz e o som projetado pelos PAs.
Tenho uma boa guita, e tenho a consciencia de que poderia alcancar um resultado muito semelhante (e pq nao melhor) com um instrumento generico. A aquisicao foi questao de oportunidade. Nunca pagaria por ela o que o mercado pede pois acredito que nao valha tanto. Mesmo sendo "top", fiz alteracoes nos pickups para tirar um som mais-a-minha-cara... e basta! Tah pronto!
Mesmo sendo um sonho de consumo, ouvi um sujeito (Solon Fishbone) chama-la de guitarra Coca-Cola. Caguei mole pro comentario, mas nunca esqueci...
"Guitarra Coca-Cola"... um dia esse cara vai estar copiando os lascados dela a partir de fotografia pra fazer réplica dela pra cliente... aí eu quero ver o que ele vai falar!
ResponderExcluirSe a TUA guitarra é Coca-Cola, a minha é uma Fruki.
ResponderExcluirComo grande admirador do Brian Setzer que sou posso acrecentar algumas coisas. Esse cara é outro "doente" de equipamentos vintage e não abre mão das Gretch's 6120 1959 laranja que usa e amps Fender Bassman 64 que "segundo ele" é o som mais perfeito que existe para o rockabilly porém quando ele muda para as Gretch's signatures modernas ou até mesmo tucando numa Danelectro guita-baixo que ele usa o timbre permanece exatamente o mesmo sendo impossível para mim, reles mortal, notar alguma diferença. Ainda acredito que o diferencial é a pecinha que fica atrás da guita.
ResponderExcluirPosso morrer queimado na fogueira por tal heresia, mas vamos lá.
ResponderExcluirAcho que preocupação com som timbre e tudo mais é uma ocupação e um prazer bastante particular pros grandes astros, que tem tempo e grana pra ficar pesquisando, indo pra estúdio experimentar. Mas, sinceramente, acho que isso é algo que vale muito para o estúdio, para gravação.
Na coisa "live", sinceramente, versões mais recentes das guitas, com pedais e tudo mais, chegam tão próximo dos originais que o detalhe acaba se dispersando com o entorno. Galera gritando, nuances de P.A., etc... sacam?
Aqui que vem meu lado herege (diretamente ligado com a veia publicitária): se o lance é impactar público, a questão estética pode pesar muito mais do que a construção ou a idade do intrumento em si. Vide alguns dos grandes como Steve Lukather, que ainda grava com a LP dos anos 50 e com Strato e tex mex, mas ao vivo pinta só com sua MusicMan Luke, que produz timbres bem parecidos com os das outras guitas, é cheia de recursos e estéticamente tem um apelo bem mais modernoso e tal...
Por aí...
Ao vivo o Lukather só pinta com a sua MusicMan Luke porque ele quer convencer os fãs dele a comprá-las, já que ele não tira nenhum se eles comprarem LPs e Stratos... ;-)
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